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Judiciário e Ministério Público
Quarta - 16 de Setembro de 2020 às 11:38
Por: Folha Max

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, através do desembargador Rui Ramos, determinou há pouco a soltura da adolescente de 15 anos acusada de matar com um disparo de arma de fogo a estudante Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos. A morte ocorreu no dia 12 de julho, numa mansão no condomínio de luxo Alphaville 1, em Cuiabá.

A adolescente foi apreendida na noite de ontem, após decisão da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude que determinou 45 dias de "prisão". Ela passou a noite “internada” na ala feminina do Complexo do Pomeri, denominada “Lar Menina Moça”.

Após a apreensão, a defesa da adolescente, feita pelo advogado Artur Barros Freitas Osti, ingressou com pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça. A liminar foi concedida na manhã de hoje e a garota deve ser colocada em liberdade em poucos minutos.

Neste momento, a defesa da menor e seu pai, o empresário Marcelo Cestari, estão no centro socioeducativo para retirá-la do local. Em sua primeira conversa com a imprensa desde a morte da adolescente, o empresário, que também foi indiciado, afirmou que o processo possui incoerências. “Ela está muito triste. Perdeu a melhor amiga dela”, colocou, classificando o episódio como uma “infeliz coincidência”.

Cestari falou que a defesa e a família não tinham informação sobre a audiência agendada para esta terça-feira, por isso a menor não compareceu à 2ª Vara da Infância e Juventude. “Ela não estava na residência na hora que foram lá, estava em outra casa, mas se apresentou aqui espontaneamente”.

O CASO

Isabele Ramos foi morta dentro do banheiro por um tiro de arma de fogo disparo pela amiga, que à época também tinha 14 anos, filha do empresário Marcelo Cestari. Inicialmente, o caso era tratado como acidental, mas as investigações apontaram que houve um acionamento do gatilho, o que descartou a versão da menor.

Cestari foi indiciado por quatro crimes, entre eles homicídio culposo, por ter deixado a filhar pegar a arma que resultou na morte de Isabele. Somados a outros crimes pelos quais foi indiciado (porte ilegal de arma, fraude processual e permitir uso de arma de fogo por menos de idade), ele oode pegar até 16 anos de prisão.

Já a menor que efetuou o disparo, responderá por ato infracional equivalente a homicídio. A punição prevista para o caso é de seis meses a cinco anos de internação.

O namorado da menor responderá por ato infracional equivalente a porte ilegal de arma de fogo, por ter se dirigido de sua residência à mansão da família Cestari com duas pistolas. O pai dele, segundo a PC, foi indiciado por omissão de cautela.





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