Presença do médico-veterinário em açougues resguarda a saúde do consumidor

O consumo de alimentos de origem animal sem as devidas condições pode causar doenças oferecendo graves riscos à saúde. O médico-veterinário é o profissional que atua na prevenção das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) desde a produção ou criação dos animais até a chegada à mesa do consumidor.

Uma das áreas de atuação que compreende esse trabalho de prevenção à doenças e contaminação alimentar é a Responsabilidade Técnica em comércios varejistas e atacadistas de alimentos de origem animal, como açougues, supermercados, comércio varejista de pescado, casa de carnes, boutiques de carnes.

Nestes estabelecimentos, o profissional de medicina veterinária atua desde o recebimento, armazenamento, manipulação, exposição até a saída das mercadorias e produtos de origem animal. O médico-veterinário Luciano Fonseca, Responsável Técnico (RT) de um açougue com rede em expansão e um entreposto Cuiabá, destaca que o treinamento de pessoal também é papel do RT.

“Atuamos cobrando boas condições higiênico-sanitárias, tanto da empresa quanto dos funcionários envolvidos, visando sempre a produção de alimentos livres de contaminações e dignos de serem consumidos pela população”, explica.

Cabe ao médico-veterinário treinar os colaboradores responsáveis por receber, manipular e armazenar os alimentos de origem animal. Na hora do recebimento é preciso checar a temperatura, a limpeza do caminhão e a validade dos produtos. Já na etapa do armazenamento examina-se a temperatura, o empilhamento e a validade a fim de garantir o giro e evitar a inutilização de mercadorias vencidas ou impróprias para consumo.

Quando o assunto é manipulação de alimentos, o médico-veterinário exige a verificação da temperatura do ambiente, a sanitização de equipamentos e utensílios, o uso correto do uniforme, touca e luvas, embalagens. O RT também está atento à qualidade da água para evitar contaminação.

Além de assegurar um produto de qualidade e livre de contaminações, o RT médico-veterinário contribui com a saúde financeira do estabelecimento, uma vez que as perdas dos alimentos são mínimas e o giro eficiente.

“A presença do médico-veterinário no estabelecimento é garantia de segurança alimentar. Hoje ainda vemos muitos estabelecimentos sem a presença desses profissionais, produzindo seus produtos sem o mínimo de consideração ao consumidor final, correndo o risco de produzirem alimentos contaminados, com riscos de óbitos à população, fato que pode levar a empresa a sérias penalidades, banimento do mercado e sérios problemas com a justiça”, reforça o médico-veterinário Luciano Fonseca.

Em Mato Grosso – Os médicos-veterinários que desejam desempenhar a função de Responsável Técnico junto a estabelecimentos que exercem atividades legalmente atribuídas à área da Medicina Veterinária precisam participar do Seminário de Responsabilidade Técnica módulo básico e comprovar conhecimento técnico específico, a ser aplicado conforme o ramo de atividade da responsabilidade técnica assumida.

Uma das possibilidades de capacitação em Mato Grosso é o Curso de Responsabilidade Técnica Módulo Avançado – Produtos de Origem Animal, promovido pela MGW Consultoria em Garantia de Qualidade Ltda em parceria do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT) duas vezes ao ano.