Destruição do bioma
Mato Grosso e Pará lideram desmatamento na Amazônia Legal, diz Imazon Instituto: desmatamento aumenta 23% em novembro e bate recorde mensal dos últimos dez anos
Mato Grosso é o segundo Estado que mais desmatou a Amazônia, em novembro passado: 19% de todo o bioma.
O campeão é o Pará, segundo dados do Sistema da Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), com 48% de todo o desmatamento da Amazônia Legal.
Novembro marcou mais um mês de aumento na destruição da Floresta Amazônia.
De acordo com dados do Imazon, em apenas um mês, foram derrubados 484 km² de área verde.
O número é 23% maior, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram desmatados 393 km².
O total desmatado em novembro de 2020 é o maior da série histórica dos últimos dez anos.
Vale ressaltar que, há alguns meses, o desmatamento vem batendo recordes, o que preocupa especialistas.
No ranking dos estados que mais desmataram a Amazônia, o Pará aparece novamente em primeiro lugar, com quase a metade (48%) de todo o desmatamento na Amazônia Legal.
Em seguida vem Mato Grosso (19%), Rondônia (10%), Maranhão (9%), Amazonas (8%), Acre (3%), Roraima (2%) e, por último, Amapá (1%).
São Félix do Xingu, Pacajá e Altamira, todos no Pará, ocupam o topo do ranking dos municípios que mais registraram desmatamento em seus territórios.
DEGRADAÇÃO – Em novembro, a degradação cresceu 144% na Amazônia, segundo o sistema de monitoramento do Imazon.
As florestas degradadas totalizaram 1.206 km².
Os incêndios florestais são alguns dos exemplos de degradação.
Esses incêndios podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando.
A extração seletiva de madeira para fins comerciais é outro exemplo de degradação.
MONITORAMENTO - O Sistema de Alerta de Desmatamento, desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélite para monitorar a floresta.
Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland.
Todas essas plataformas são importantes para a proteção do nosso patrimônio ambiental, pois garantem a vigilância da floresta e a emissão de alertas dos locais onde há registro de desmatamento.
Os dados fornecidos ajudam a subsidiar os órgãos de controle ambiental a planejar operações de fiscalização e identificar desmatadores ilegais.
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