Confusão na rede
Bolsonaro se irrita e manda PF investigar seguidor na internet Seguidor teria dito que 4 traficantes que estavam num veleiro só foram presos porque não pagaram propina
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na noite desta quinta-feira (18), em sua live semanal, que mandou a Polícia Federal investigar um seguidor que fez comentário em sua rede social que o deixou "bastante chateado".
Segundo Bolsonaro, o comentário foi feito por um homem que ele identificou como Carlos Eduardo em uma publicação em que o presidente comemorou a maior apreensão de cocaína do ano, no litoral de Pernambuco, uma cooperação entre a Polícia Federal e a Marinha.
"Teve um comentário aqui que realmente deixa a gente bastante chateado. Não vou falar o nome todo do cara não, Carlos Eduardo e um sobrenome aqui. E ele falou aqui que quatro meliantes que estavam no veleiro só foram apreendidos porque não pagaram a propina. Então é um trabalho deboche em cima da Polícia Federal, em cima do pessoal da Marinha do Brasil também", queixou-se Bolsonaro.
O presidente disse ter acionado a PF como resposta ao comentário do internauta.
"Eu tive que dar uma resposta para ele. E a resposta foi a seguinte: 'Prezado Carlos Eduardo de tal, enviarei sua denúncia à PF'. Ou seja, então, a Polícia Federal, com toda a certeza, vai entrar em contato com o senhor Carlos Eduardo, tem mais o sobrenome dele aqui, para ele então denunciar o pessoal da PF e da Marinha, que só apreenderam os caras porque eles não pagaram a propina, né? Então ele vai se explicar", disse Bolsonaro.
"Ele tem a chance agora de explicar à Polícia Federal o que é que realmente aconteceu. Porque uma acusação dessa a gente não pode aceitar", afirmou o presidente.
Na mesma transmissão via internet, Bolsonaro queixou-se de reportagem segundo a qual a mãe do presidente foi imunizada contra Covid-19 com a vacina Coronavac, alvo de críticas dele até que se tornou a única opção para que o Brasil começasse a campanha de vacinação.
Segundo Bolsonaro, ao ser vacinada no interior de São Paulo, sua mãe recebeu um cartão indicando que havia recebido dose do imunizante Oxford/AstraZeneca, mas que, duas horas depois, um enfermeiro –que o presidente identificou informando nome completo e registro profissional– foi até a casa dela, rasgou o cartão original e entregou outro, indicando que ela recebeu, na verdade, a Coronavac, vitrine do governador João Doria (PSDB-SP), seu principal adversário político atualmente.
"Então, duas horas depois ele [o enfermeiro] volta, rasga o cartão de vacina da minha mãe da Oxford e entrega um do Butantan. E daí vem a imprensa fazendo politicagem em cima da minha mãe, com 93 anos de idade", afirmou.
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