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Terça - 27 de Abril de 2021 às 16:25
Por: Wellington Sabino/Folha Max

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A Polícia Civil de Juína (735 km de Cuiabá) instaurou inquérito para investigar moradores do Município que gravaram áudios e espalharam em grupos de WhatsApp fazendo ameaças ao promotor de Justiça, Marcelo Linhares Ferreira, que atua na 1ª Promotoria de Justiça Cível de Juína. O motivo dos ataques seria o inconformismo com decretos municipais determinando fechamento do comércio numa espécie de quarentena obrigatória, nos mesmos moldes do decreto estadual do Governo do Estado, que trouxe uma série de medidas restritivas e de biossegurança para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Dentre os áudios compartilhados em grupos de WhatsApp, existe uma gravação de pouco mais de 2 minutos que passou a circular no último domingo (25), contendo palavrões e ameaças de invadir a casa do promotor para agredi-lo fisicamente. A pessoa que fez a gravação pedia que fosse marcada uma reunião para invadirem a residência do membro do Ministério Público.

As ameaças também foram direcionadas a outras pessoas próximas do promotor. O autor do áudio fala em cortar as cercas elétricas ,invadir o imóvel e quebrar tudo, além de incitar mais pessoas a fazerem o mesmo, com ameaças de violências ao promotor. O Ministério Público Estadual (MPE) já tem conhecimento do caso e também iniciou uma investigação para identificar os autores que deverão ser denunciados pelos crimes que ficarem confirmados ao término dos trabalhos investigativos.

No âmbito da Polícia Civil as investigações são conduzidas pelo delegado André Luís Barbosa, que já interrogou algumas pessoas. Embora os decretos sejam publicações do prefeito Paulo Veronese (Podemos), os autores dos áudios com ameaças ao membro do Ministério Público Estadual (MPE) teriam entendimento de que houve interferência do promotor de Justiça, Marcelo Linhares, para que as empresas de Juína que atuam em segmentos considerados não essenciais, fossem fechadas por 10 dias.

Em entrevista ao site Juína News, o delegado André Luis Barbosa explicou alguns moradores gravaram os áudios na semana passada com ofensas direcionadas a autoridades de Juína e também ao promotor de Justiça que atua na Cidade. Ele confirmou que já interrogou algumas pessoas e revelou que umas negaram e outras confirmaram a autoria dos áudios, acreditando que o representante do Ministério Público atuou para que o prefeito determinasse o fechamento do comércio.

O delegado já ouviu quatro pessoas que poderão responder pelo crime de ameaça, apologia ao crime e até mesmo por atentar contra a ordem pública. O membro da Polícia Civil esclareceu que as ações desempenhadas pelas autoridades locais juntamente com a Prefeitura de Juína são em prol do bem comum da população juinense diante dos altos índices de contaminação pela Covid-19 registrados na cidade de 41,1 mil habitantes.

O último decreto publicado pelo prefeito de Juína foi o de número 24, editado no dia 2 de fevereiro deste ano para atualizar o decreto municipal nº 015/21, em vigor desde 25 de janeiro. O documento determinava o atendimento presencial controlado entre 5h e 22 horas para bares, botecos, lanchonetes, distribuidoras de bebidas, restaurantes, casas de cafés e chás epadarias. Nesse rol estavam inclusos supermercados, e pesque e pague, carrinhos e trailers de comidas em geral e espetinhos diversos, bem como sorveterias e similares como vendas de açaí e demais serviços de alimentação.





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