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Policia MT
Sexta - 14 de Maio de 2021 às 11:54
Por: Cíntia Borges/Mídia News

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O empresário Júlio Cesar de Sales Lima, alvo da operação
O empresário Júlio Cesar de Sales Lima, alvo da operação

Alvo da terceira fase da Operação Rota Final, o empresário Júlio Cesar de Sales Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (Setromat), terá que cumprir medidas cautelares.

Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de frequentar a Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) e a Ager (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegado) e de manter qualquer tipo de contato com servidores destes órgãos. Ele também não poderá ir à sede de seu sindicato, nem manter contato com filiados e funcionários.

A Operação Rota Final foi deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ambos do Ministério Público Estadual.

Na manhã desta sexta-feira (14), os agentes foram até a residência de Lima, no Jardim das Américas, em Cuiabá, para notificá-lo.

As medidas cautelares foram impostas pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM) e o ex-deputado Pedro Satélite (PSD) também foram alvos da operação. Eles tiveram seus endereços vasculhados pelos agentes. Já contra o empresário Éder Pinheiro, dono da empresa Verde Transportes, há um mandado de prisão.

A Rota Final apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação do setor de transporte coletivo intermunicipal. O esquema, segundo o MPE, consistia em pagamento de propina para impedir a licitação do setor.

Prazo

Em sua decisão, Marcos Machado estabeleceu um prazo para a colocação da tornozeleira em Lima.

"O investigado deverá, no prazo de 24 horas, comparecer à Central de Monitoramento Eletrônico [..] para instalação da tornozeleira eletrônica", consta no despacho.

Sales também está proibido de manter contato com demais investigados da operação, “em especial com Max William de Barros Lima”, que é ex-funcionário de Eder Pinheiro.

Uma outra cautelar é a proIbição de deixar o Estado.

Terceira fase da Rota Final

Agentes do Naco e Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), um suplente de deputado Pedro Satelite (PSD) e de uma assessora parlamentar, suspeitos de envolvimento no esquema.

Os agentes policiais também tentaram cumprir a ordem de prisão preventiva contra Eder Pinheiro, que seria o líder do esquema, mas ele não foi encontrado.

Está sendo cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões.

O montante abrange vários imóveis, dois aviões, vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.

A investigação, iniciada na Polícia Civil, foi encaminhada Gaeco em meados de 2019.

O inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 pessoas são investigadas.





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