Operação Bereré
Maioria no TRE vota para devolver ação contra deputados ao TJ
O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) formou maioria para que a ação que apura desvio no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) envolvendo os deputados Eduardo Botelho (DEM), Wilson Santos (PSDB) e Nininho (PSD) sejam devolvidos para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Durante a sessão desta terça-feira (15), a maioria dos magistrados não reconheceu crimes eleitorais no caso. Apenas o presidente da Corte Eleitoral, desembargador Carlos Alberto da Rocha, pediu vista da ação. Como o processo se encontra em sigilo, não foi possível conhecer o teor do voto.
ação tinha sido enviada à Corte Eleitoral em 2019 pelo Órgão Especial do TJMT. Além dos parlamentares, outras pessoas também constam na ação. Botelho, Ninho e Wilson Santo, são acusados de terem recebido propinas pagas pela empresa EIG Mercados, antiga FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação.
Operação Bereré
A Operação Bereré desarticulou suposta organização responsável por cobrar propina em troca da manutenção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do contrato de concessão e execução das atividades de registros de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor.
Na ocasião, para obter êxito, a empresa supostamente favorecida se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais. Estima-se que foram pagos cerca de R$ 30 milhões em propina.
A investigação do Detran tem como base a delação premiada do ex-presidente da autarquia, Teodoro Moreira Lopes, o Doia e tamb‘pem as delações do ex-governador Silval Barbosa e seu irmão, o empresário Antônio da Cunha Barbosa Filho, conhecido como Toninho Barbosa. Os responsáveis pela investigação afirmam que pelo menos R$ 30 milhões foram desviados.
Outro lado
Procurado pelo Gazeta Digital , o advogado Darlã Martins Vargas, que faz a defesa do deputado Eduardo Botelho (DEM) disse que esperará a publicação do acórdão para decidir se irá recorrer ou não da decisão.
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