Governador nega boicote a doses extra de vacina a Cuiabá e diz que Emanuel mente

Ogovernador Mauro Mendes (DEM) afirmou que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) mente ao alegar boicote no caso do envio de doses extra de vacina contra Covid-19 à Capital. Emanuel afirma ser perseguido politicamente pelo rival a quem a acusa de articular para barrar junto ao Governo Federal o envio dos imunizantes como forma de compensação por sediar a Copa América.

Rodinei Crescêncio

“Ele mente e depois vem com essa conversa. É mais uma mentira dele. Mente e continua mentindo”, disse Mauro à imprensa durante evento de entrega de título de imóveis em Cuiabá, na noite desta quarta (23).

Emanuel e seu filho, deputado federal Emanuelzinho (PTB), chegaram a divulgar vídeo ainda em 9 de junho afirmando que receberam a confirmação do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, durante reunião em Brasília, de que Cuiabá receberia doses a mais da vacina como compensação por ser sede do torneio internacional.

Contudo, nesta semana o ministro voltou atrás e negou o compromisso. Disse ainda que há um estudo sobre mandar um incremento ao estado devido às longas extensões de fronteiras secas com outros países, o que facilita o fluxo de pessoas e pode representar perigo de circularem novas variante.

A rivalidade entre os gestores desaguou em um pedido do prefeito à Corregedoria-Geral da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT) para que apure a suspeita de uso político da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Emanuel acredita que o titular da unidade, o delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho, está alinhado com Mauro e promove uma perseguição à gestão por motivação política. Ano passado, durante a campanha à reeleição do prefeito, Mauro chegou a afirmar a aliados que “aporrinha” Defaz e MPE contra Emanuel.