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Judiciário e Ministério Público
Quarta - 21 de Julho de 2021 às 10:56
Por: Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

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O coordenador Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), Domingos Sávio, denunciou mais uma vez o deputado estadual e líder do governo Mauro Mendes (DEM) na Assembleia, Dilmar Dal Bosco (DEM), no âmbito das investigações da Operação Rota Final.

As investigações que se encontram na Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), sob a relatoria do desembargador Marcos Machado, ainda apuram a participação do ex-deputado Pedro Satélite e do ex-secretário de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra), Marcelo Duarte.

Dal Bosco, Marcelo Duarte e Satélitem foram citados nas investigações durante a deflagração da operação em 2018.

As investigações iniciadas em 2015 pela Delegacia Fazendária (Defaz) apontaram, à época, a existência de um cartel objetivando afastar empresas da licitação para o Transporte Intermunicipal em Mato Grosso.

O objetivo é confirmar a existência de um cartel que tentava afastar empresas da licitação para o Transporte Intermunicipal do Estado.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), ocorreram pagamentos de vantagens para que grupos deixassem de disputar a licitação pública.

Na época, as empresas Jundiá Transportadora Turística Ltda e a empresa Ônibus Rosa Ltda desistiram da outorga e assinatura de contrato de concessão no período da convocação.

As interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça comprovariam o envolvimento de Dilmar Dal Bosco, Pedro Satélite, e do então secretário de Infraestrutura e Logística da época, Marcelo Duarte, além de empresários e servidores da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Ager-MT).

Entre os possíveis crimes praticados estão corrupção, fraude em licitação e sonegação fiscal.

As ações criminais eram orquestradas, segundo o MP, em conluio com agentes lotados na Sinfra e na Ager. As investigações revelaram que a Sinfra emitiu termo para contratação, ao preço de R$ 11 milhões, do consórcio TAGTREE, responsável pela modelagem e apoio às licitações.

Na época da operação em 2018, o inquérito evidenciou o vínculo do empresário Eder Augusto Pinheiro, ligado à Verde Transportes, com o ex-presidente da Ager, Eduardo Moura, o diretor de transportes rodoviários da Ager, Luiz Arnaldo Faria, e o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte (Setromat), Júlio César Sales Lima.

Eder Pinheiro seria o líder do grupo, desempenhando influência na Sinfra, Ager e no Setromat. Como braço direito, aparece ainda a figura de Max Willian. Todos os 4 empresários foram presos na operação deflagrada naquele ano, ganharam liberdade 2 dias depois, por decisão do próprio TJMT.

Essa é a segunda denúncia oferecida contra Dilmar Dal Bosco no âmbito da Rota Final. A Justiça acatou o pedido de bloqueio contra Dilmar neste mês no valor de R$ 5.173.260,80. O parlamentar ofereceu uma fazenda para a justiça. Já o ex-deputado Pedro Satélite, e seu filho Andrigo Wiegert, o pedido de indisponibilidade de bens móveis, imóveis e valores monetários é de R$ 10.273.749,44.

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