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Nacional
Quinta - 14 de Novembro de 2013 às 21:18

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A presidente Dilma Rousseff recebe nesta quinta-feira (14), em Brasília, os restos mortais do ex-presidente João Goulart com honras de chefe de Estado. A cerimônia, remarcada para as 12h desta quinta, ocorre na Base Aérea da capital — todos os ex-presidentes vivos foram convidados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparece à cerimônia.


 
Numa sequência de tuites nesta manhã, a presidente destacou que a democracia brasileira “se consolida com este gesto histórico”.


 
— Hoje é um dia de encontro do Brasil com a sua história. Como chefe de Estado da Republica Federativa do Brasil participo da recepção aos restos mortais de João Goulart, único presidente a morrer no exílio, em circunstância ainda a serem esclarecidas por exames periciais. #Jango


 
Jango receberá as honras militares, que envolvem um salva de 21 tiros, a execução do hino nacional e a condução do esquife com os restos mortais por militares até o local onde será prestada a homenagem. Segundo Dilma, “essa cerimônia que o Estado brasileiro promove hoje com a memória de João Goulart é uma afirmação da nossa democracia”.


 
Exumação


 
O corpo de Jango permanece em Brasília até 6 de dezembro. A exumação dos restos mortais do ex-presidente, que teve início nesta quarta-feira (13), no Cemitério Jardim da Paz, na cidade de São Borja (RS), foi concluída após pouco mais de 18 horas de trabalho, por volta das 2h desta quinta-feira.


 
A exumação envolveu 12 profissionais de Brasil, Argentina, Cuba e Uruguai. Neto do ex-presidente, o médico João Marcelo Goulart teve participação efetiva no procedimento.


 
O processo de exumação começou em 2007, por iniciativa de familiares do ex-presidente. Com a instalação da CNV (Comissão Nacional da Verdade), em maio de 2012, foi criado um grupo de trabalho que vem coordenando as investigações em torno da morte de João Goulart.


 
História


 
Exilado pela ditadura militar na década de 1960, Jango morou no Uruguai e na Argentina, onde faleceu no dia 6 de dezembro de 1976. A causa oficial da morte (um ataque cardíaco) nunca convenceu a família, que acusa o governo militar da época, comandado por Ernesto Geisel, de ter envenenando o ex-presidente.


 
A partir da análise pericial dos restos mortais de Jango espera-se que os laudos periciais sejam somados às demais investigações, incluindo as documentais e testemunhais, na busca de um esclarecimento sobre as causas que levaram ao óbito do ex-presidente.




Fonte: Do R7

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