Rota final
TJ desmembra ação para cassar Dilmar por ter foro privilegiado
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Marcos Machado, determinou o desmembramento da ação que pede a cassação do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), acusado de pertencer a uma organização criminosa que atuava para fraudar licitações e manter um cartel no transporte público interestadual em Mato Grosso.
Em sua decisão, Machado afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) já adota o desmembramento de ações, quando existem investigados com foro privilegiado. Com isso, apenas Dal Bosco e o ex-deputado Pedro Satélite permanecerão com ação do TJ.
Já os demais denunciados como o ex-governador Silval Barbosa, o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o ‘Chico Lima’ e seu filho serão julgados pela primeira instância. Assim como os filhos de Pedro Satélite, Gaspar Wiegert, Glauciane Vargas Wiegert, o filho de Chico Lima, Francisco Gomes de Andrade Lima Neto, e os empresários Éder Augusto Pinheiro, Max Willian de Barros Lima, Júlio César Sales de Lima, Wagner Ávila do Nascimento, José Eduardo Pena, Adriano Medeiros Barbosa Carla Maria Vieira de Andrade Lima, Luís Arnaldo Faria de Mello, Idmar Favaretto, Marcos Antônio Pereira, Alessandra Paiva Pinheiro e Cristiane Cordeiro Leite Geraldino, que também foram denunciados.
A ação é referente à Operação Rota Final, que investiga uma organização criminosa que atuava para fraudar licitações e manter um cartel no transporte público interestadual em Mato Grosso. Na denúncia assinada pelo coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal), procurador de Justiça, Domingos Sávio de Barros Arruda, o MP solicita o ressarcimento de R$ 86,6 milhões e a cassação do mandato de Dal Bosco.
Dilmar e mais 18 pessoas são acusadas por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, impedimento e perturbação a licitação, afastamento de licitantes e crime contra a economia popular.
Segundo as investigações, a Organização Criminosa era comandada pelo dono da Verde Transporte, Eder Pinheiro, que está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC), após se entregar no último domingo (25), já que estava foragido desde maio, quando teve sua prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
De acordo com o MP, o grupo tinha como principal objetivo impedir a implantação do novo Sistema de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso.
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