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Politica Brasil
Sábado - 21 de Agosto de 2021 às 11:51
Por: Wesley Santiago/Olhar Direto

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Durante o voo de volta para Brasília, após ter visitado Cuiabá, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria demonstrado arrependimento após ter sancionado a lei que garante autonomia para o Banco Central. A informação é da Associated Press, que ouviu pessoas que estavam na aeronave. Posteriormente, em uma postagem, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), negou qualquer tipo de crise.

Integrantes do alto escalão do governo teriam dito à agência que, na quinta-feira (19), voltando de Cuiabá, Bolsonaro afirmou que não deveria ter assinado a medida e que gostaria de interferir na política monetária brasileira.


A lei que garantiu a autonomia do banco foi sancionada em fevereiro. Segundo o texto, o presidente continua responsável por nomear responsável pelo BC, mas não pode destituí-lo.


Durante um evento virtual, também na quinta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado é sensível aos ruídos provocados por embates entre os Poderes.


“Penso que os ruídos recentes que tivemos sobre muitos fatores locais estão começando a fazer com que alguns agentes econômicos revisem para baixo suas previsões de crescimento para 2022.”



Posteriormente, em seu twitter, o ministro Ciro Nogueira rebateu. "Eu disse que ia ser um amortecedor. Mas agora fala o extintor de incêndios: parem de inventar fagulhas que não existem. Responsabilidade, por favor. Não existe nenhuma, repito, nenhuma crise entre o presidente Bolsonaro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto".



"Não vamos jogar gasolina na fogueira. Sobretudo gasolinas que não existem em fogueiras imaginárias. Dou meu testemunho de que a relação do governo com o BC é excelente, que a autonomia da autoridade monetária é um avanço histórico e irreversível. O resto não passa de especulação, contra os interesses do Brasil.", completou.



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve em Cuiabá na última quinta-feira (19) para participar do encerramento do Seminário Regional Política de Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade, promovido pela Secretaria de Governo da Presidência da República (SeGov) em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e entregar 42 equipamentos agrícolas a comunidades indígenas. Na ocasião, ainda almoçou uma peixada na Associação dos Sargentos, Subtenentes, Oficiais Administrativos e Especialistas Ativos e Inativos, em São Gonçalo Beira Rio.



O evento, chamado Dia de Campo, ocorreu no Hotel Fazenda Mato Grosso e insere-se no contexto do fomento de políticas públicas relacionadas à promoção da autonomia dos povos indígenas por meio do desenvolvimento de atividades econômicas que gerem a valorização e o fortalecimento da cultura indígena.



(Com informações do Antagonista e Associated Press)





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