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Domingo - 22 de Agosto de 2021 às 14:32
Por: Fabiana Mendes/Olhar Direto

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As investigações da Polícia Civil apontam que Ana Cláudia Flor, esposa do empresário Toni da Silva Flor, de 38 anos, baleado no dia 11 de agosto de 2020, em frente a uma academia de Cuiabá, teria dois motivos para encomendar a execução dele.


O primeiro deles o fato de ter muitos amantes e o segundo a intenção de ficar com a herança, uma vez que a vítima possuía uma representação comercial muito forte, abastecendo vários supermercados da cidade, ser financeiramente estável e possuir casa, carro, moto, dinheiro na poupança. O empresário ganhava de R$ 15 a 25 mil por mês.

A mulher foi detida nesta quinta-feira (19), durante Operação Capciosa da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As investigações são conduzidas pelo delegado Marcel Oliveira.

Ainda conforme as investigações, Ana Cláudia registrou um boletim de ocorrência por agressão que teria sido cometida pelo marido. Ambos teriam discutido depois que Toni flagrou uma conversa da esposa com outro homem em um aplicativo de mensagens.

Diante disso, o empresário teria passado a desconfiar de relações extraconjugais.

Segundo o delegado Marcel Oliveira, durante o cumprimento dos mandados e apreensão, foram apreendidos aparelhos celulares, agendas e outros objetos que subsidiarão a continuidade das investigações. A suspeita nega qualquer envolvimento no crime, mesmo os demais envolvidos tendo confessando a participação na morte do empresário e apontado ela como mandante.

“Ela negou tudo que foi perguntado, negou que conhecia os três e as investigações seguem em andamento. As prisões são temporárias, mas com a conclusão dos trabalhos deverão ser convertidas em preventivas”, disse o delegado.

O homicídio de grande repercussão ocorreu no dia 11 de agosto de 2020, em frente a uma academia no bairro Santa Marta. Segundo o delegado responsável, desde o início das investigações, já existia a suspeita de que a esposa do empresário seria a mandante do crime, porém era necessário reunir os elementos que corroborassem para as informações anônimas.

O caso passou a ser elucidado após a prisão do executor do homicídio que teve o mando de prisão cumprido, na última quarta-feira (11) pela equipe da DHPP. Durante interrogatório, Igor Spinozza confessou o crime e forneceu outras informações com riquezas de detalhes que colaboraram com as investigações.

O crime foi acertado por uma videochamada entre dois intermediários e a mandante, onde ficou acertado o valor de R$ 60 mil pela morte do empresário. Parte do valor, R$ 20 mil, foi pago após o crime a um dos intermediários, sendo entregue em um envelope, nas proximidades do bairro Alvorada e posteriormente passados ao executor, que viajou com o dinheiro para o Rio de Janeiro.

Um dos intermediários foi o responsável por arrumar a arma utilizada no crime e posteriormente se desfazer dela. A arma foi jogada no lago do Manso. O restante do valor combinado pela empreitada criminosa não foi pago.

Ana Cláudia também queria acabar com a vida do executor Igor como ‘queima de arquivo’. A acusada teria procurado um dos intermediadores para encomendar outra execução. “Ela chegou a cogitar matar o Igor, que é o executor e seria a principal pessoa que poderia acusá-la”, declarou o delegado.

A acusada tem cerca de 30 mil seguidores nas redes sociais que usava para cobrar justiça pela morte do empresário. O casal possui três filhos.

Sua última publicação no feed do Instagram aconteceu quando a morte de Toni completou um ano. “Por aqui tudo mudou para mim só eu sei o que sinto e a falta que você me faz em tudo. Faz falta nas minhas decisões, faz falta nos churrascos, faz falta no trabalho, faz falta na minha cama, faz falta em tudo! Mas por aqui continuo seguindo e te conhecendo bem como eu conheço sei que está orgulhoso de mim! Vou te amar para sempre até um dia meu Tudão”, disse.





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