7 de setembro
Juiz alerta para "consequências graves" em manifestação de PMs em MT Manifestação de bolsonaristas pode defender ruptura democrática no país
O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Especializada de Justiça Militar e Custódia, enviou uma orientação do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo Assis sobre as maniestações do próximo dia 7 de setembro. A notificação ocorreu diante das notícias de que militares vão participar dos atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e de ataques às instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF).
Na orientação, o magistrado destaca que os militares estão subordinados ao governador Mauro Mendes (DEM), a quem classifica como "comandante supremo sobre os militares". "Qualquer quebra da hierarquia ou comportamento subversivo às instituições democráticas, haverá consequências graves e imediatas. Determino que a presente admoestação seja devidamente replicada aos militares do Estado de Mato Grosso", diz a notificação.
Uma das organizadoras do movimento em Mato Grosso, a coronel Rúbia Fernanda declarou que os militares vão se manifestar de forma independente e a paisana. Também descartou que o ato seja ruptura das instituições democráticas.
“A manifestação de 7 de setembro é de cunho pacífico como foram as anteriores. Não vejo motim em nenhum momento, é simplesmente patriotismo. As mobilizações são de cidadãos civis, não têm nada a ver com militares”, disse a coronel da PM Rubia Fernanda, ex-candidata ao Senado em 2020 e que preside a Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof).
Os atos de 7 de setembro estão sendo organizados em nível nacional por diversos movimentos ligados ao presidente Jair Bolsonaro. Os principais serão em Brasília e São Paulo, mas em todos os estados devem ocorrer atos promovidos por bolsonaristas.
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