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Meio Ambiente
Terça - 21 de Setembro de 2021 às 06:22
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Este ano no Pantanal mato-grossense, a redução de queimadas foi de 94,14%, em relação aos 8 primeiros meses do ano passado
Este ano no Pantanal mato-grossense, a redução de queimadas foi de 94,14%, em relação aos 8 primeiros meses do ano passado

De janeiro a 14 de setembro deste ano, o número de focos de calor reduziu 54% em Mato Grosso se comparado ao mesmo período do ano passado. Levando-se em consideração somente o Pantanal mato-grossense, a redução é ainda mais expressiva, sendo contabilizadas 592 ocorrências neste ano contra 10.102 focos, em 2020, uma o que representa uma redução de 94,14%.

Chama a atenção o fato das propriedades rurais serem as que mais apresentam casos de focos de calor, com 73,9% dos 15.828 registrados este ano, até 14 de setembro. Os dados foram divulgados, ontem (17), pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBM). Segundo o CBM, na Amazônia mato-grossense a queda foi de 31,73%, enquanto no Cerrado esse número foi de 44,87%.

Entre os motivos apontados para a queda, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), estão os investimentos realizados para o combate a temporada de incêndios florestais, que ultrapassaram R$ 70 milhões em equipamentos, veículos e a contratação de 100 brigadistas, dentre outras medidas do Governo de Mato Grosso.

A antecipação do período proibitivo para 1º de julho também foi um diferencial para o resultado deste ano. Para se ter uma ideia, na região do Pantanal foram implantadas mais duas unidades do Corpo de Bombeiros em Santo Antônio de Leverger e Poconé, que também fizeram a diferença para uma resposta mais rápida aos incêndios.

Segundo o CBM, neste ano, a maioria dos focos de calor está concentrada no bioma da Amazônia, que representa 60,9% dos focos de calor. “A Amazônia ocupa 53,5% do território de Mato Grosso”, informou. Em seguida, 35,3% dos focos de calor estão no Cerrado, presente em 39,7% do território estadual. Por último, 3,8% dos focos estão no Pantanal, que corresponde a 6,8% da área de Mato Grosso.

Depois das propriedades rurais, as terras indígenas respondem 18,3% dos casos, seguidas dos assentamentos com 4,5% e as unidades de conservação com 3,3%. “Não são áreas de mata fechada na Amazônia que têm queimadas. Em sua maioria, são áreas degradadas. Nas terras indígenas um dos motivos para o aumento dos focos de calor são de causa culturais”, explicou o comandante-adjunto do Corpo de Bombeiros, coronel Ricardo Antônio Bezerra da Costa.

Já os municípios de Colniza, Paranatinga, Aripuanã, Gaúcha do Norte, Juara, São Félix do Araguaia, União do Sul, Nova Nazaré, Campinápolis e Canarana são os dez com mais casos de focos de calor em Mato Grosso.





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