Declaração "revolta" base de Mauro e secretário da Câmara pode ser exonerado

 

O motivo da "crise" foi a declaração de Rodrigo na imprensa, de que a crise no legislativo municipal é de responsabilidade da gestão passada, comandada pelo vereador Júlio Pinheiro (PTB). Revoltado, o petebista subiu a tribuna e disse que a atual gestão deve implementar seu ritmo, sem "olhar no retrovisor". Pinheiro lembrou que quando assumiu a gestão não fez "caça as bruxas", apesar de ter recebido uma Câmara com sérios problemas. "A gente faz gestão olhando para frente. O passado a gente tira como lição para não errar lá na frente", assinalou.

 

Pinheiro exaltou sua gestão, destacando que suas contas foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas do Estado. Além disso, ele citou que o Orçamento da Câmara feito em 2012 já previa o aumento de seis vereadores para a atual gestão.

 

Após o desabafo, o ex-presidente da Câmara cobrou uma atitude de João Emanuel, já que pelo acordo entre os parlamentares da Secom do legislativo ficaria vaga. "Cumpra o acordo, senhor presidente, sob pena da harmonia nesta casa ficar comprometida", assinalou.

 

Para ele, as declarações do secretário de Comunicação não condizem com o comportamento que ele deve ter perante a sociedade, já que ele não representa apenas a Mesa Diretora. "Essa pessoa tem que defender a Casa em si e também o colegiado", completou.

 

O vereador Dilemário Alencar também cobrou a exoneração de Rodrigues, já que não estava previsto a nomeação de secretário de Comunicação no legislativo. "A nomeação do Rodrigo Rodrigues não representa a vontade dos 17 vereadores da base aliada", destacou.

 

 

Após a declaração de Pinheiro e Dilemário, João Emanuel tentou contemporizar com os vereadores. Ele disse que conversou com o secretário de Comunicação sobre a matéria veiculada na imprensa. "Ele me falou que não disse isso, mas já foi publicado. Isso é um caso isolado e peço escusas ao senhor", lamentou.

 

Segundo ele, em 10 meses de gestão, nunca efetuou críticas a antiga gestão, a qual classificou como ótima. "Não olho para o retrovisor. Faço a gestão olhando o para-brisas, olhando para frente", completou.

 

Por fim, o presidente disse que irá avaliar a situação do secretário, não descartando exonerá-lo do cargo. "Nosso objetivo é manter a harmonia. Não é por causa de uma figura que vamos acabar com a paz que construímos aqui", finalizou.