Pressão dos Campos
Max Russi vê 'chantagem' dentro do grupo político de Mendes

O atrito entre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o senador Jayme Campos (União Brasil) segue gerando repercussão na base aliada do Palácio Paiaguás. Na quinta-feira (24), o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), fez uma avaliação crítica sobre o desentendimento travado entre os dois políticos do partido União Brasil e que existiria "pressões" e até "chantagem" entre os aliados do governador.

Para o parlamentar, a crise é resultado da resistência do governador, que não teria cedido à "chantagem e pressões" para atender interesses de seus aliados políticos. "Eu acho que essa rusga não existe. Eles estão fazendo uma pressão tentando buscar um espaço que o Mauro não está aceitando e não está caindo em alguma chantagem ou pressão que possa estar havendo".

Nas últimas semanas Jayme fez duras críticas contra a postura política do chefe do Executivo e chegou a expor falhas no secretariado estadual. Diante do clima tenso, os dois gestores tiveram uma reunião intensa para aparar as arestas, pouco antes do governador embarcar para uma viagem a Dubai.

Após ter suas demandas ouvidas, Jayme destacou que o saldo do encontro foi positivo. Contudo, ainda restam dúvidas sobre os reflexos que a crise entre os dois correligionários podem causar nas alianças para as eleições de 2022. Isso porque na mesma semana da desavença o senador Welligton Fagundes (PL) chegou a declarar que teria o apoio dos irmãos Júlio e Jayme Campos para disputar a o governo de Mato Grosso contra uma eventual candidatura de Mendes.

Apesar dos ânimos acalorados, Russi afirmou que a situação não passa de um "jogo de cena" dentro da base governista.
"Eles estão tentando soltar na mídia que não estão contente e eu particularmente acho que é mais um jogo de cena isso. Eu acredito que, realmente, de forma efetiva eles vão caminhar todos juntos", finalizou.