CRIMES CIBERNÉTICOS
Em um ano, polícia recupera R$ 1 milhão de vítimas de estelionato Em boa parte dos casos, vítimas só percebem o ocorrido após perderem uma significativa quantia em dinheiro

O número de ocorrências relacionadas a golpes tem aumentado expressivamente e, em boa parte dos casos, as pessoas só percebem o ocorrido após perderem uma significativa quantia em dinheiro. Em Mato Grosso, a Polícia Civil (PC) recuperou, em pouco mais de um ano, mais de R$ 1 milhão em valores das vítimas de estelionato aplicado por meio eletrônico.

Somente na última semana, mais de R$ 64 mil em valores foram resgatados por agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) com apoio de outras unidades policiais de Cuiabá e do interior do Estado e a parceria de setores de prevenção a fraudes das instituições financeiras.

Em uma das ações policiais, em conjunto com a Delegacia de Pontes e Lacerda (450 km ao Oeste de Cuiabá), foram recuperados por meio de bloqueio bancário o valor de R$ 9,3 mil, após a ocorrência ter sido registrada no último dia 21 deste mês. À polícia, a vítima de 40 anos relatou ter caído em um golpe e depositou, na conta indicada pelo suspeito, a quantia de R$ 13 mil. Mas, após comprovação da prática criminosa, parte do valor subtraído foi bloqueada.

Em outra situação, a DRCI conseguiu recuperar quase R$ 49 mil de um idoso de 65 anos, da cidade de Canarana (633 km ao Nordeste da Capital), na quinta-feira (24). Conforme a polícia, o idoso relatou que estava tendo uma conversa íntima com uma mulher pelo celular e um golpista entrou em contato e ameaçou expor o idoso, caso não fosse pago o valor de R$ 190 mil.

Diante Da extorsão, a vítima realizou várias transferências bancárias para as contas-correntes informadas pelo suspeito. O bloqueio do valor de quase R$ 49 mil contou com apoio dos setores de prevenção dos bancos C6, Nubank e da empresa Pagseguro. “Esse trabalho somente foi possível com ações em conjunto com setores de prevenção a fraudes dos bancos e cooperativas parceiras”, avalia o delegado Ruy Guilherme.

Já um terceiro crime foi registrado em Cuiabá, contra uma idosa de 75 anos. A vítima recebeu ligação de um número desconhecido, dizendo que era sua filha e pediu para que agendasse seu novo telefone. No dia seguinte, a mesma pessoa retornou pelo aplicativo WhatsApp dizendo que precisava de dinheiro emprestado e que logo devolveria o valor.

Nisso, a idosa fez um depósito no valor pedido e, passado certo tempo, o golpista entrou em contato solicitando mais dinheiro, sendo que somente depois a vítima percebeu que havia caído no golpe.