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Policia MT
Segunda - 04 de Abril de 2022 às 14:03
Por: Welington Sabino/Folha Max

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Continua pendente de cumprimento, desde o dia 27 de março, o mandado de prisão preventiva expedido contra o empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, de 30 anos, conhecido como Marlon Pezzin. A ordem de prisão foi emitida pela Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher depois que ele espancou com vários socos a então namorada, uma servidora pública de 32 anos, por causa de ciúmes.

Dessa forma, Marlon Pezzin é considerado foragido da Justiça há pelo menos uma semana. Sua defesa já recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso com pedido de habeas corpus para revogar a preventiva, mas ainda não há decisão no processo, que tramita sob segredo de Justiça, por tratar-se violência doméstica contra mulher. O habeas corpus foi distribuído à 3ª Câmara Criminal.

As agressões foram praticadas na madrugada do dia 26 de março, um sábado, dentro de um apartamento no bairro Jardim Santa Marta. A vítima, P.A.A, registrou boletim junto à Polícia Civil e pediu medidas protetivas. De acordo com o documento policial, ela apresentava lesões no rosto e no braço.

Fotografias da mulher divulgadas logo depois que o fato ganhou o noticiário confirmaram os hematomas e lesões descritos no boletim de ocorrência, derrubando a versão apresentada por ele numa nota à imprensa, na qual alegou que só teria ocorrido uma discussão por causa de ciúmes da parte da mulher, classificada pela defesa do empresário apenas como um “affair” e não namorada.

No depoimento prestado pela vítima à Polícia Civil, a mulher relatou que as agressões foram praticadas por Marllon dentro do apartamento dele. Ela contou que o casal foi a uma festa na noite de sexta-feira (25 de março), e por lá teve início uma discussão entre eles por ciúmes de José Clóvis. Eles foram para a casa do acusado e no caminho da residência ele foi ficando cada vez mais alterado dizendo que estava com raiva da vítima, pois alegava que ela estava olhando para outro homem.

A mulher relatou que ao adentrarem no apartamento dele, o empresário passou a agredi-la fisicamente, puxando-a pelos cabelos e lhe desferindo tapas e socos no rosto, braços e cabeça. “Que José Clóvis derrubou a declarante ao solo e passou a desferir chutes, atingindo-a na cabeça e braços; que durante as agressões, José Clóvis repetia que a vítima estava olhando para outro homem e que não deveria fazer aquilo; que a declarante gritava e pedia por socorro e pedia para que José Clóvis parasse de agredi-la”, consta no depoimento.

Depois de pausa na sessão de agressões, ela conseguiu se levantar e caminhar até o quarto onde deitou-se na cama. “Que a vítima estava com sangramento no nariz; que José Clóvis adentrou o quarto e passou a agredir novamente a declarante, subindo em cima dela na cama, prendendo os braços dela com o corpo e passou a desferir tapas e socos no rosto dela, dizendo que deveria prometer que não olharia mais para outros homens”, traz o relato do boletim de ocorrência.

Por fim, a vítima também descreve que houve outro momento de tortura psicológica, com promessa do agressor de pegar uma arma. “Que em determinado momento das agressões, José Clóvis disse que pegaria a arma dele e foi em direção ao cofre no armário, mas não chegou a abrir o cofre; que a declarante acredita que José Clóvis somente parou de agredi-la porque se cansou e ela acredita que ele já tinha tomado remédio para dormir”.

Quando o agressor dormiu a vitima conseguiu chamar um veículo por aplicativo que a levou para sua residência, onde acionou algumas amigas que a levaram para o Hospital Santa Rosa, onde recebeu atendimento médico.





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