DEU EM A GAZETA
PF aperta cerco a bandidos por derrame de notas falsas
Polícia Federal registra no mínimo duas ocorrências de crime de moedas falsas por semana, em Cuiabá. Segundo o delegado federal Daniel Oswaldo Silva e Rocha, a frequência envolvendo cédulas de dinheiro falsificadas é cada vez mais frequente em Mato Grosso. Parceria entre PF e os Correios tem possibilitado diversos flagrantes. Em um intervalo de 10 dias, 3 pessoas foram presas ao receber notas falsas via Correios. Perita federal explica como população pode evitar ser prejudicada ao aceitar moedas não verdadeiras.
De acordo com Daniel, via de regra as notas são produzidas em laboratórios localizados em grandes centros, como São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará. O comércio se dá por meio de anúncios em redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens para posterior envio das notas pelos Correios.
É importante registrar que a Polícia Federal atua na repressão de toda a cadeia envolvendo o crime de moeda falsa, ou seja, há investigações dos produtores, comerciantes e adquirentes, enfatiza Rocha.
O delegado federal frisa que, atualmente, há uma Unidade Especializada responsável pela coordenação dessas investigações e que os Correios têm papel importante de fiscalização das encomendas postais e cooperação com a instituição Federal. Os flagrantes, normalmente, decorrem de investigações internas e fiscalização da coordenação de segurança corporativa dos Correios, o que resulta em até 10 ocorrências por mês.
A perita federal Sabrina Maciel Gadelha destaca que as falsificações estão cada vez mais ricas em detalhes, que aos olhos de quem não é especialista, passam facilmente. O que nós observamos é que as técnicas empregadas pelos falsários estão cada vez mais aprimoradas, tornando as falsificações cada vez mais refinadas. Dificilmente encontramos uma falsificação considerada grosseira aos olhos do usuário comum.
Diante disso, a perita frisa a importância das pessoas estarem cada vez mais atentas e aprender a diferenciar uma cédula autêntica de uma falsa. Ela orienta a busca por características que ajudem nesta identificação como a faixa holográfica (cuja visualização se alterna entre o número da denominação de face, por exemplo 100 para as cédulas de R$ 100,00 e a inscrição Reais) e as microletras, ao redor da efígie e em outras áreas da cédula, que são facilmente visíveis com o auxílio de uma lupa comum. Quando a gente fala lupa, as pessoas imaginam que é algo difícil de transportar e caro, mas hoje achamos em loja de utilidades ao preço de R$ 20 microlupas que podem ser levadas até mesmo no bolso com poder de ampliação de até 120 vezes.
Gadelha ainda diz que a utilização do equipamento é a forma mais certeira de se evitar pegar uma nota falsa, porque as microimpressões são fatores que os falsários ainda não conseguem reproduzir. Até mesmo a marca dágua eles já falsificam. Também conseguem imitar o número da nota de R$ 100, por exemplo, que fica em destaque quando exposto à luz UV. Mas, a faixa holográfica e as microimpressões, ainda são desafios para os criminosos.
A especialista ainda destaca que foi-se o tempo em que os criminosos usavam papel comum. Atualmente é difícil vermos as falsificações grosseiras como antes. Do papel à impressão, está tudo cada vez mais tecnológico e rebuscado.
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