Justiça mantém presa mulher que mandou matar marido
O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, magistrado Flávio Miraglia, manteve presa Ana Cláudia Flor, suspeita de mandar matar o marido, o empresário Toni Flor. A decisão foi proferida na tarde desta terça-feira (10) após pedido "humanitário" impetrado pela defesa da ré.
Na decisão, o juiz avaliou pedido de Ana no qual a empresária requeria a conversão de sua detenção para prisão domiciliar por "questões humanitárias". Contudo, ao julgar o mérito, o magistrado afirmou que os filhos da ré, que seriam o motivo do pedido, estão sendo cuidados pela avó materna.
"A mesma não reúne elementos necessários à cautelar requerida, e é de fácil constatação que as crianças não estão desguarnecidas de cuidados, muito pelo contrário, estão assistidas pela avó materna que vem cumprindo com zelo o múnus", narra trecho da decisão.
Além disso, o magistrado destacou que Ana foi a "arquiteta intelectual" do crime e que sua liberdade representava riscos.
"Isto posto, acolho os embargos para integrar o decisum misto não terminativo, a fim de que não existam dúvidas, e mantenho a segregação cautelar de Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor em virtude da mesma não reunir elementos necessários à prisão domiciliar", apontou.
O caso
Toni Flor foi morto a tiros quando chegava para treinar pela manhã na academia, em Cuiabá. O caso foi registrado em agosto de 2020, sendo que a viúva do empresário é a principal suspeita de encomendar o assassinato.
O primeiro preso, Igor Espinosa, deu detalhes de como executou a vítima, incluindo como fez a negociação com Ana Claudia.
Ele estava sentado no meio-fio da academia, no bairro Santa Marta, quando abordou o empresário dizendo “perdeu”. Em seguida, disparou 5 vezes contra a vítima.
Depois, fez uma videochamada com Ana Claudia e mais dois intermediadores. O acordo era R$ 60 mil, distribuídos em R$ 20 mil para cada.
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