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Politica Brasil
Terça - 24 de Julho de 2012 às 22:03

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O presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, venceu nesta terça-feira a queda de braço com a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), em reunião da cúpula do partido, convocada às pressas em Brasília, por 14 votos a 1. Com o resultado, os dirigentes da legenda, com exceção da senadora, apoiaram a intervenção nas eleições municipais de Belo Horizonte (MG). A decisão ainda aguarda a apreciação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão de Kassab de retirar o apoio à reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB) e ingressar na chapa petista encabeçada por Patrus Ananias fez com que parte do PSD mineiro entrasse na Justiça contra a intervenção do prefeito paulistano. De acordo com o estatuto da sigla, intervenções realizadas pela executiva nacional devem ser aprovadas pelo colegiado do partido, integrado por 25 membros, o que não ocorreu no caso da capital mineira. Em meio à crise interna, um dos vice-presidentes da legenda, o ex-deputado federal Roberto Brandt, deixou o PSD em virtude do descumprimento das regras.

O presidente do PSD em Minas, Paulo Simão, membro da executiva nacional, comentou a insatisfação de Kátia Abreu. "A senadora está irritada com outras coisas, lamentamos profundamente porque ela é uma figura que a gente gosta muito, mas o resultado é indiscutível", afirmou. Ele contou que a senadora apostou no fator do descumprimento do estatuto interno, "mas o advogado do partido (Admar Gonzaga) provou que a emergência obrigou o PSD a tomar essa decisão".

Insatisfação
A senadora Kátia Abreu, uma das principais lideranças do PSD, mostrou-se incomodada com as decisões do seu partido. Logo após a reunião, ela criticou a forma como ocorreu a intervenção em Belo Horizonte. Para a senadora, o partido deveria garantir que os membros filiados contrários à mudança de posicionamento da sigla em Belo Horizonte, apresentassem seus argumentos. Kátia Abreu também fez ressalvas à forma de convocação da reunião, que teria sido realizada às pressas. "Essa convococaçao foi arbitrária. No edital de convocação não estava especificado o assunto de Belo Horizonte. Recebi ontem o telegrama com o seguintes tópicos: primeiro fundo partidário, segundo eleições 2012, terceiro outros assuntos partidários".

Apesar do descontentamento, ela garante que não irá acionar o partido na Justiça. A parlamentar defende o estatuto do partido, que, na avaliação dela, foi desrespeitado pelo presidente da legenda, Gilberto Kassab, no caso envolvendo a capital mineira. "Estou apensa defendendo o artigo 60 do estatuto que diz que a prerrogativa é da executiva nacional de fazer a intervenção e não do próprio punho do presidente do partido".





Fonte: Terra

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