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Meio Ambiente
Sexta - 26 de Agosto de 2022 às 11:10
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Instituto SocioAmbiental
Em toda a bacia, que se estende pelo Pará, o desmate atingiu 19.374 ha em abril do ano corrente
Em toda a bacia, que se estende pelo Pará, o desmate atingiu 19.374 ha em abril do ano corrente

Distribuído por 24 municípios de Mato Grosso, o desmatamento na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu atingiu 7.007 hectares em abril deste ano, o que representa um aumento 23%, se comparado ao mês anterior (março) e 32% em relação a abril do ano passado.

Em toda a bacia, que se estende pelo Pará, o desmate atingiu 19.374 ha em abril do ano corrente, um incremento de 81% se comparado a março.

Para discutir a defesa socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT) realiza, nesta sexta-feira (26), uma reunião pública, em Paranatinga (373 km ao Norte de Cuiabá), município que lidera do ranking de remoção da vegetação original no Estado.

O encontro é promovido pela Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa Ambiental e Ordem Urbanística.

De acordo com informações do MPE-MT, a Bacia do Xingu tem uma extensão de 51 milhões de hectares, situados entre Mato Grosso e o Pará.

Essa área monitorada abrange a parcela dos territórios de 28 terras indígenas (TIs), 18 unidades de conservação e mais de 60 municípios localizados entre as duas unidades da Federação.

No Estado, a região das cabeceiras do Rio Xingu possui uma extensão de 17,7 milhões de hectares, o que equivale a 34% de toda a bacia.

Na região, dados são do “Sirad X”, sistema de monitoramento remoto da Rede Xingu+, em relatório mensal de desmatamento, apontam que Paranatinga respondeu por 1.187 ha derrubados.

Em segundo aparece Querência, com 979 ha, seguido de Nova Ubiratã, com 909 ha destruídos.

Com 176 hectares desmatados em abril, Campinápolis chama a atenção por ter registrado um aumento de 17.496% em relação a março.

Já no Pará, Altamira teve a maior área derrubada (8.467 ha) no mesmo período analisado.

Os dados mostram que 7.346 ha desmatados foram em unidades de conservação e 373 ha em terras indígenas (TIs).

A reunião pública que ocorrerá em Paranatinga faz parte de um cronograma de mobilização em torno do fortalecimento das Promotorias de Justiça de Bacia Hidrográfica (PJBH).

A iniciativa atende as diretrizes das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos e recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“A sociedade tem muito a contribuir para a continuidade do trabalho de proteção dos recursos hídricos e para o fortalecimento da atuação voltada para a unidade territorial da bacia hidrográfica”, disse titular da Procuradoria Especializada em Defesa Ambiental e Ordem Urbanística, procurador de Justiça Luiz Alberto Esteves Scaloppe.

Além dos promotores de Justiça, devem participar das discussões representantes de diversos segmentos da sociedade.

Scaloppe informou, ainda, por meio da assessoria de imprensa, que já foram realizadas reuniões semelhantes nas bacias do São Lourenço, Alto Paraguai, Cuiabá e Baixo Juruena.

O procurador de Justiça explica que, após a reunião pública, haverá um segundo encontro, neste sábado (27), entre os promotores de Justiça que atuam na área ambiental, assessorias técnicas e consultores que vêm elaborando diagnósticos socioambientais de diferentes bacias hidrográficas no Estado, incluindo, a do Xingu.





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