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Policia MT
Terça - 13 de Dezembro de 2022 às 08:49
Por: MARCIA TOMAZ

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A prisão o indígena mato-grossense José Acácio Serere Xavante, por envolvimento em protestos antidemocráticos em Brasília, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), provocou uma série de ataques na capital federal na noite de segunda-feira (12), após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lua da Silva (PT).

O pedido de prisão temporária, por dez dias, ocorreu após o indígena gravar um vídeo convocando manifestantes armados a agirem para impedir a diplomação de Lula, na tarde segunda-feira, em Brasília.

Após a prisão, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) deram início a uma série de ataques e depredaram diversos veículos estacionados próximos à sede da Polícia Federal, além de tentarem invadir o órgão.

Os manifestantes estão acampados em Brasília desde o fim do segundo turno das eleições, que deu a vitória presidencial a Lula. Desde então, os apoiadores de Bolsonaro que não aceitam a derrota e vêm causando caos nas rodovias e em algumas cidades com grande aglomeração de manifestantes.

Após o início dos ataques, a segurança do presidente Lula foi reforçada, inclusive do hotel em que estava hospedado em Brasília.

"A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", diz trecho do pedido da PGR.

A decisão aponta ainda que Serere Xavante teria realizado manifestações antidemocráticas em diversos locais de Brasília, como em frente ao Congresso Nacional, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos.

Testemunhas gravaram vídeos, relatando que o cacique foi preso por "policiais" com carro descaracterizado e sem crachá no peito.

Na sede da PF, Serere Xavante gravou um vídeo para tranquilizar os manifestantes que se opuseram à ordem do STF. No vídeo, o cacique fala em sua língua nativa, o “aquém”, e informa que está bem. Logo depois, traduz a sua fala para o português.

“Não venha fazer conflito, briga ou confronto com autoridades policias”, orientou o indígena.

Conhecido como Cacique Tserere, ele é natural de Poxoréu. Foi candidato a prefeito no município mato-grossense de Campinápolis, mas não se elegeu. Além disso, ele se apresenta como pastor evangélico e missionário da Associação Indígena Bruno Ômore Dumhiwê.






Fonte: Hnt

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