TRE: Quem pratica atos antidemocráticos deve ser repelido Desembargador Carlos Alberto da Rocha discursou na diplomação e defendeu o processo eleitoral

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, discursou na cerimônia de diplomação dos políticos eleitos em Mato Grosso nesta quinta-feira (15).

Com mais de 20 minutos de fala, o desembargador dedicou boa parte de seu discurso para defender o processo eleitoral e afirmou que não se pode aceitar atos antidemocráticos. Ele foi aplaudido pelo público.

“Exatamente por ter a função precípua de garantidora da democracia é que a Justiça Eleitoral não pode hesitar ou minimamente cogitar aceitar atos antidemocráticos”, disse.

“A democracia convive pacificamente com opiniões divergentes. Na verdade, ela se fortalece nesses ambientes de dicotomias, de liberdade de expressar as mais variadas ideias e posicionamentos díspares de todo e qualquer tema”, acrescentou.

O presidente ainda destacou a confiabilidade das urnas eletrônicas, confirmando a inexistência de erros ou fraudes nas centenas de milhares de equipamentos utilizados nas eleições deste ano no Brasil.

Além de classificar como “injustiça” os ataques ao pleito, Carlos Alberto também afirmou que aqueles que plantaram essa desconfiança no processo eleitoral queriam instaurar “clima de instabilidade institucional”.

“Nesse contexto, deve ser repelidas pessoas, instituições, partidos políticos, organizações ou qualquer outra entidades que venham praticar condutas abusivas e antidemocráticas, direcionadas a questionar de forma arbitrária e totalmente inaceitável a confiabilidade das urnas eletrônicas”, afirmou.

“[São] Atitudes que sem qualquer fundamento racional tentavam instaurar um clima de instabilidade institucional com inconfundíveis ares de indesejável retrocesso político que a ninguém agrada ou convence, porque sepultado é nosso processo histórico”, completou.

O presidente do TRE também dedicou parte de seu discurso para enaltecer e agradecer todos os membros da Corte, servidores, Forças de Segurança, juízes, procuradores e outros envolvidos que fizeram a eleição acontecer em Mato Grosso.

E agradeceu, ainda, os candidatos e candidatas que passaram ilesos no processo eleitoral, sem imputação de qualquer ilícito ou mínima mácula.

“Que prossigam assim em eventuais outras eleições e, ainda, que sirvam de exemplo. Quem assim não agiu, fica o recado: busque a necessária adequação para ser respeitado pelo povo mato-grossense.”