MPMT pede bloqueio de contas de fazendeiro que financiou golpista Fazendeiro de MT é apontado como suspeito de organizar e financiar atos antidemocráticos no DF
O produtor rural Mauridis Parreira Pimental, o 'Dide Pimenta', de Mato Grosso, poderá ter suas contas bancárias bloquedas e o sigilo quebrado.
A sugestão foi feita pelo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O fazendeiro é apontado como suspeito de organizar e financiar atos antidemocráticos.
A solicitação se dá após circular nas redes sociais um vídeo em que o homem de Campinápolis (658 km a Leste de Cuiabá), diz ter ajudado, com um grupo de amigos, no deslocamento de oito ônibus transportando indígenas a Brasília para engrossarem atos contrários ao resultado das eleições.
O auxílio teria se dado após Pimenta ter procurado pelo Cacique Tserere, bolsonarista preso pela Polícia Federal, sob suspeita de supostos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A ordem de prisão do líder indígena, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi o estopim para atos registrados em Brasília na segunda-feira (12), quando foram ateados em fogo ônibus e carros.
Manifestantes ainda tentaram invadir a sede da PF na capital federal.
No vídeo que circula nas redes, o produtor rural ainda menciona que, além de terem prestado apoio para deslocamento dos grupos à Brasília, "estão com dificuldades de mantê-los" na capital federal, pedindo doações financeiras.
"Estamos empenhados nessa luta, junto com o Tserere e com os Xavantes para manter a nossa democracia e nosso capitão no Governo", diz Mauridis Parreira Pimental, no arquivo.
Considerando a gravação em que Dide Pimenta diz ter prestado apoio, "'tanto para o deslocamento como para manutenção de indígenas em Brasília, para participar dos atos antidemocráticos", o Ministério Público de Mato Grosso argumenta que o produtor rural também deve ser alvo das medidas decretadas contra supostos organizadores e financiadores das manifestações.
"Até porque, desde a circulação do vídeo nas mídias sociais - por meio do qual são solicitadas doações - não se pode precisar se recursos foram angariados e/ou repassados com o intuito financiar os atos antidemocráticos que pairam na Capital Federal", sustenta José Antônio Borges Pereira.
Veja vídeo:
Com informações do Estadão Conteúdo
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