NA POSSE
Equipe de Lula discute reforço de segurança após ameaça de atentado Decisão sobre uso de carro aberto ou fechado por presidente eleito será tomada no dia da cerimônia
A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute reforçar a segurança do petista durante a cerimônia de posse, neste domingo (1º), após um bolsonarista tentar realizar um atentado com bomba no sábado (24).
O debate ocorre em meio a uma escalada de tensão no gabinete de transição e com autoridades em Brasília, após episódios de violências e de teor golpistas com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). A tentativa de atentado reforçou a preocupação do entorno do futuro mandatário.
Aliados de Lula afirmam que a decisão sobre o carro que Lula desfilará, por exemplo, será tomada no próprio dia 1º por motivos de segurança. Hoje há dois cenários em estudo: um em que o petista estará no tradicional Rolls Royce conversível; outro em que fará o percurso num carro fechado e blindado.
A decisão será avaliada de acordo com a situação de animosidade política e eventuais riscos mapeados no dia. Também será levado em consideração as condições climáticas, uma vez que há previsão de chuva em Brasília para o dia.
Outro ponto discutido é a participação ou não de Lula em algum show que ocorrerá na Esplanada dos Ministérios –são mais de 20 atrações confirmadas. Além da preocupação com a segurança do petista, também é levado em conta que isso poderá atrasar outros compromissos previstos da posse.
O tema foi tratado em reunião onde foram repassados pontos de segurança do evento. O encontro ocorreu nesta segunda (26), no hotel em que Lula está hospedado na capital federal.
Participaram o delegado Andrei Passos Rodrigues, futuro diretor-geral da Polícia Federal, Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, José Múcio Monteiro, que comandará a Defesa, e o embaixador Fernando Igreja. O diplomata coordena o cerimonial da posse.
Integrantes da equipe do petista estudam solicitar o aumento no efetivo de policiais militares trabalhando no dia 1º e ainda criar um protocolo mais ostensivo de revista do público.
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