LULA PRESIDENTE
Mendes pede que eleitores de Bolsonaro respeitem democracia "por mais que doa" Governador deu entrevista à rádio nesta terça, ocasião em que afirmou que MT não é totalmente dependente do governo federal, porque "conseguimos caminhar com as próprias pernas"

Apoiador contundente de Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (UB) aconselhou os eleitores do ex-presidente a respeitarem a democracia, mesmo que seja “dolorido” aceitar a vitória do presidente Lula (PT), já empossado. Mauro deu a orientação durante entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (3). Na ocasião, ele também foi perguntado sobre quais seriam suas expectativas com governo Lula no sentindo de parceria e envio de recursos às obras de infraestrutura no Estado. Em resposta, Mauro afirmou que o Estado consegue caminhar com as próprias pernas.

Em Mato Grosso, Bolsonaro se consolidou como o favorito entre os eleitores, com mais de 59% no primeiro turno. No segundo turno, o liberal conseguiu 65%. Antes mesmo de Lula ser empossado presidente, em 1° de janeiro, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos. Durante o pleito, Mauro afirma

“Nós temos que compreender e por mais que isso doa e está doendo muito, mas a democracia é isso. É ir para o processo eleitoral, é participar. Algumas pessoas não se conformam, alguns já se conformaram. O presidente Bolsonaro teve aqui 65% dos votos no segundo turno, mas eu respeito a democracia por mais que isso possa doer e está doendo em alguns eleitores. Uma parte da população que tem uma ligação profunda com o presidente Bolsonaro e até mesmo quem não goste do presidente Lula, mas isso é democracia”, insistiu Mauro.

Com relação à infraestrutura, Mendes lembrou que, nos últimos quatro anos, Mato Grosso conseguiu asfaltar 2.500 quilômetros e estadualizar a famosa “Rodovia da Morte”, a BR-163.

“As obras de infraestrutura do Estado estão acontecendo independente de recursos federais, independente de uma ajuda, que é necessária, que é importante, mas hoje nós conseguimos caminhar com as nossas próprias pernas. Nós chegamos a estadualizar a famosa BR-163, que é daquele pacote lá de 2013 que fracassou, a grande maioria daquelas concessões, que estava na mão aqui da Odebrecht. O mercado tentou arrumar uma solução para essa concessão. São mais de 800 quilômetros no nosso Estado, não teve uma solução, e o governo de Mato Grosso está em vias de assumir”, finalizou.