Projeto cria técnica de restauração ambiental em áreas degradadas de MT Iniciativa é da Rede Sementes do Xingu e conta com o auxílio de mais de 600 coletores de grupos indígenas e agricultores familiares.
Uma técnica chamada “Muvuca” foi implantada em Mato Grosso para fazer a restauração ambiental em áreas que sofreram degradação. No início do processo, sementes de diferentes plantas são misturadas, o que resulta em uma cobertura diversificada, semelhante à vegetação original.
A técnica tem ganhado espaço por ser mais econômica e, também, por ser usada para a restauração ecológica, além da adequação ambiental em propriedades na Amazônia e no Cerrado.
Segundo a diretora da Rede de Sementes do Xingu, Bruna Ferreira, o projeto movimenta uma grupo com mais de 600 coletores, onde a maioria são mulheres, além de reunir indígenas, agricultores familiares e pessoas que vivem no campo, nas cidades, nas bacias dos Rios Xingu, Araguaia e Teles Pires.
“Nós atuamos dentro de 12 assentamentos de agricultura familiar, sendo três terras indígenas e cinco grupos urbanos, com coletores que garantem com que a floresta e o cerrado fiquem em pé”, disse.
Bruna ainda contou que os ganhos são proporcionalmente ligados à quantidade de sementes colhidas.
“Cada coletor tem uma lista potencial, ou seja, cada semente tem um preço, que variar entre R$ 5 e R$ 750 o kg. Então, coletor vai receber o proporcional baseado nessa lista de espera”, explicou.
O engenheiro florestal Paulo Mariotti explicou que, quando a região tem característica de cerrado ou de floresta, o resultado final pode ser uma composição dos dois biomas.
“Essas sementes foram escolhidas especificamente para atender a particularidade de cada região. São mais de 50 espécies semeadas nessas áreas”, disse.
Projeto atua em 12 assentamentos de agricultura familiar. — Foto: TV Centro América
Comentários