MT apresenta queda de 52% em alertas de desmatamento na Amazônia Legal Os dados se referem ao mês de janeiro deste ano comparado com o ano passado.

Os alertas de desmatamento apresentaram uma redução de 52% na Amazônia Legal em Mato Grosso, de acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), neste sábado (11). Os dados se referem ao mês de janeiro deste ano, quando comparado com o ano passado.

O monitoramento da situação é feito pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No ano passado, o Deter apontou que o mês de janeiro teve uma área de corte raso de aproximadamente 146 km², enquanto neste ano, o montante foi de 69 km².

Parte deste desmatamento, segundo a Sema, representa abertura legal de áreas, ou seja, com autorização ambiental de acordo com a legislação ambiental brasileira, que é uma das mais rigorosas do mundo. No primeiro trimestre de 2022, a legalidade chegou a 38% do desmate identificado.

No total, o acumulado de alertas de desmatamento em janeiro de 2023 na Amazônia Legal foi de 167 km², a quarta menor marca para o mês na série histórica do Deter.

Áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal em janeiro (2015-23)

Nos últimos 20 anos, a redução foi de 85% na área explorada no estado. Atualmente, Mato Grosso mantém 62% do território inteiramente preservado, mesmo sendo o principal produtor de commodities do país.

O Deter é um levantamento preliminar de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal feito pelo Inpe.

MT apresenta queda de 52% nos alertas de desmatamento em janeiro deste ano — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Ao término do "ano referência" do órgão, que vai de agosto a julho, os dados são consolidados e geram o dado oficial sobre desmatamento no Brasil. No último ano, o levantamento consolidado do Inpe apontou uma redução real de 13% no desmatamento no estado.

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área total de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.