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Sexta - 01 de Setembro de 2023 às 10:52
Por: Enzo Três/Mídia News

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O deputado estadual Gilberto Cattani, que acionou a vereadora Maysa Leão na Justiça
O deputado estadual Gilberto Cattani, que acionou a vereadora Maysa Leão na Justiça

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) acionou a vereadora Maysa Leão (Republicanos) na Justiça por injúria, calúnia e difamação. Ele pede uma indenização de R$ 52,8 mil e uma investigação contra ela na Câmara Municipal.

Maysa e Cattani protagonizam momentos de tensão desde que participaram de um podcast, no último dia 10 de agosto, em que debateram sobre possíveis penas mais severas a estupradores.

Três dias depois, Cattani publicou no Instagram um trecho no qual Maysa afirma que são necessários mais estudos para que a castração química de estupradores seja implementada no Brasil. Na sequência, ela disse ter sido alvo de uma onda de ataques nas redes sociais e acusou Cattani de ter manipulado o vídeo para incitar o ódio de seus seguidores contra ela e a família.

Na ação, Cattani afirmou que o vídeo não foi manipulado e que Maysa não o procurou através de contatos oficiais para que o vídeo fosse excluído, pois o objetivo dela seria atacá-lo “odiosamente”.


“O trecho publicado não sofreu qualquer adulteração com o vídeo completo. A vereadora tem meios para contatar o deputado pelo gabinete em seus números oficiais e, mesmo assim, não fez, limitando-se a dizer 'que tentou falar pelas redes sociais', deixando evidente que sua intenção não era a de excluir/censurar comentários negativos (que podem e devem ser responsabilizados, cada um por seus atos), mas sim, de atacar, odiosamente, a reputação do deputado Gilberto Cattani”, disse a defesa na ação.

Para o deputado, a vereadora quis "intencionalmente" difamá-lo para servir de palanque e promover-se politicamente.

“Ao afirmar que eu permiti que terceiros desejassem praticar crimes contra vossa excelência e sua filha, que eu difamei sua atuação política e que eu deturpei a sua fala, a vereadora está atribuindo a este deputado conduta da qual não praticou”, afirmou.

“A querelada [Maysa] afirma categoricamente que o querelante [Cattani] quis, intencionalmente, difamar seu cargo ou função pública [...] Situação criada pela vereadora e propalada nas redes sociais para servir-lhe de palanque, para autopromover-se politicamente”, acrescentou.

Situação criada pela vereadora e propalada nas redes sociais para servir-lhe de palanque, para autopromover-se politicamente

A defesa encerra o processo judicial pedindo uma indenização de 40 salários mínimos e que Maysa Leão exclua as publicações que fez sobre o caso bem como que se abstenha de fazer novas publicações sob pena de imposição de multa a ser fixada pelo juiz.

Ele ainda pede que a Justiça oficialize a Câmara de Vereadores de Cuiabá para apurar os fatos contidos na queixa-crime.

Investigação na Câmara

Além dos pedidos contidos na ação judicial, o deputado também encaminhou um ofício ao presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), solicitando abertura de um processo na Comissão de Ética contra a vereadora.

No documento, ele afirmou que ela possivelmente cometeu quebra de decoro ao acusá-lo de cometer crime.

Durante sessão da Câmara, realizada na quinta-feira (31), a vereadora reforçou a acusação de que Cattani manipulou o vídeo para acusá-la de defender estupradores.

Ela também disse que o deputado permite que os internautas desejem o estupro dela e da filha. Além disso, acrescentou que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso “passará pano” para Cattani.





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