Ameaçada de extinção, águia-cinzenta é levada para santuário A ave apareceu em uma residência em Ribeirão Cascalheira e foi cuidada pela proprietária. Vai para Chapada
Uma águia-cinzenta, animal ameaçado de extinção, foi resgatada no município de Ribeirão Cascalheira (900 km a Nordeste de Cuiabá) e levada, pela Gerência de Fauna Silvestre da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), para um recinto de reabilitação no Santuário dos Elefantes, em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte da Capital), onde treinará voo até estar apta a voltar à natureza.
A ave apareceu em uma residência em Ribeirão Cascalheira e foi cuidada pela proprietária, que é bióloga, até ser levada para uma clínica especializada.
Os exames não constataram nenhum problema em sua estrutura física, e certificaram que o animal estava com a saúde preservada.
O recinto construído no Santuário dos Elefantes tem a finalidade de dar o espaço necessário para que aves possam desenvolver a muscular peitoral e alcancem voos mais longos - um dos protocolos de reabilitação que permitirá a volta a seu habitat natural.
Não há previsão de soltura.
A espécie Urubitinga Coronata, conhecida popularmente como águia-cinzenta, é uma ave grande, sendo que o adulto pode chegar 85 centímetros e pesar até 3,5 kg.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o animal está listado na categoria Em Perigo.
De acordo com o Gerente de Fauna Silvestre da Sema, Waldo Troy, que destinou a ave ao Santuário dos Elefantes, a espécie é difícil de ser encontrada.
“Segundo pesquisadores, é uma das maiores aves de rapina da América do Sul, sendo mundialmente ameaçada de extinção.
Apesar de rara de ser avistada, a águia-cinzenta pode ser encontrada no Brasil, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, na Argentina, Paraguai e Bolívia”.
TAMANDUÁS FILHOTES - Dois filhotes de tamanduá também foram levados ao Santuário dos Elefantes no mesmo dia da águia, para reabilitação.
Um tamanudá-bandeira macho foi encontrado em uma residência em Cuiabá.
O tamanduá-mirim fêmea foi uma entrega voluntária e encaminhado a Sema pela Rota do Oeste.
Devido a pouca idade, eles ficarão no local até ter condições de voltar à natureza.
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