Alimento básico fica mais caro em novembro, e cesta vai a R$ 746 Os itens que sofreram maiores impactos nas variações de preço, na última semana do mês, foram o tomate e a batata
O valor da cesta básica, cobrado em Cuiabá, completou quatro semanas de alta e fechou o mês de novembro ao custo de R$ 746,05.
O crescimento, de apenas 0,09%, refletiu no aumento nominal de R$ 0,69 sobre a semana anterior, acumulando desde a primeira semana do mês um avanço de 2,08% em seu preço, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
Apesar do acumulado, os dados levantados pelo instituto mostram, ainda, que o valor atual está 1,85% menor que na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o mantimento custava R$ 760,20.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, explica que a manutenção do valor atual menor que o registrado no igual período do ano anterior favorece o consumo atual das famílias.
"Mesmo com os aumentos nos preços observados nas últimas semanas, a cesta se mantém, pela terceira semana seguida, com valor menor que na variação anual. Essa perspectiva contribui para o consumo atual, já que não mantém tendência de crescimento no longo prazo no valor da cesta na Capital", afirmou Cunha.
Os itens que sofreram maiores impactos nas variações de preço, observado na última semana do mês, foram o tomate e a batata, com altas de 8,45% e 1,78%, respectivamente.
A banana registrou queda de 4,94% no seu preço, contabilizando, assim, o segundo recuo semanal, com um custo médio de R$ 9,07/kg.
Segundo análise do IPF, o encerramento da colheita do tomate em algumas regiões produtoras, associado a uma maior variação na qualidade do fruto, fez com que o item diminuísse sua oferta, o que pode estar relacionado ao aumento no preço médio verificado esta semana, que atingiu R$ 8,38/kg.
Já a batata pode ter seu aumento de preço ocasionado pela diminuição da oferta diante de algumas chuvas que atrapalham a colheita, impactando no valor verificado esta semana, de R$ 5,72/kg.
Ainda assim, há uma variação de -5,81% sobre a mesma semana de 2022, mantendo pela décima semana consecutiva uma variação negativa na avaliação anual, ainda conforme análise do instituto.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que os itens de maior impacto na variação da cesta são hortifrutis, que analisando toda série histórica da cesta na capital, registram uma rápida movimentação de aumento ou recuo, a depender das condições climáticas e outras dinâmicas dos seus mercados.
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