MPE cita tentativa de aparelhamento da Polícia Civil por Emanuel Celular apreendido do prefeito continha conversas com um escrivão, citando delegado e magistrado
A análise de dados do aparelho celular do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), apreendido pela Polícia Civil durante busca e apreensão, revelou uma tentativa de aparelhamento na Polícia Civil, apontou o Ministério Público Estadual (MPE).
Uma conversa com o escrivão Rodrigo Oliveira Mendes de Melo, na época lotado na Delegacia de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, revelou o "poder de influência de Emanuel".
"Em trechos do diálogo, o policial manifesta apoio ao prefeito e demonstra ser homem de confiança do delegado Lindomar Aparecido Tofoli, tentando inclusive agendar uma reunião deste com o prefeito, o que de fato ocorreu dias após", diz o relatório técnico.
Em seguida, o escrivão informou fatos que seriam internos da delegacia, citando que o retorno de Lindomar à Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) iria “frear” as investigações contra Emanuel.
"O relatório mostra que Rodrigo menciona que o retorno do delegado Lindomar à Deccor iria favorecer o prefeito, quando afirma que o citado delegado frearia as investigações em desfavor de Emanuel, pois justificaria uma provável troca de favores ao solicitar intermediação do prefeito visando a celeridade de uma decisão pelo desembargador Luiz Carlos da Costa que, por consequência, agilizaria o retorno do delegado”, afirma o MPE.
Segundo as investigaçoes, tais fatos, "gravíssimos" demonstram uma possível manobra de aparelhamento da Polícia Civil, "orquestrada por um escrivão e pelo prefeito, utilizando a figura de um delegado com o fim de 'frear' investigações contra este - em troca de uma possível influência do alcaide em decisão judicial favorável à mencionada autoridade policial".
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