Ex-suplente de Selma Arruda é condenado em R$ 150 mil após acusar juiz de vender sentença Segundo a condenação, o juiz aposentado do TRT-MT, Paulo Brescovici, foi vítima após Gilberto dizer que ele vendia sentenças
O juiz aposentado do TRT-MT (Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso), Paulo Brescovici, ganhou na justiça uma ação que movia contra o empresário rural, Gilberto Eglair Possamai, ex-suplente da senadora por Mato Grosso, que foi cassada, Selma Arruda.
Na condenação, o juiz da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Alexandre Elias Filho, considerou que o juiz aposentado foi vítima de calúnia.
O empresário rural, Gilberto Eglair Possamai. (Foto: Reprodução)
Segundo a condenação, Brescovici foi vítima após Gilberto fazer alegações a veículos de imprensa de que o juiz vendia sentenças.
A condenação levou em consideração que o magistrado foi constrangido em razão de “atos que ofendem a honra e a dignidade”, diz trecho da sentença.
ilberto Eglair Possamai deverá pagar o montante de R$ 150 mil, além de 20% de honorários advocatícios.
Indenização será doada a crianças com câncer
A reportagem entrou em contato com o juiz aposentado Paulo Roberto Brescovici, que informou não terem sido encontradas provas para sustentar a acusação feita pelo empresário.
“Quanto às representações que ele fez, elas foram sumariamente rejeitadas pelo CNJ dada a absoluta ausência de qualquer indício de prova de que os magistrados envolvidos, inclusive eu, tivéssemos cometido qualquer tipo de irregularidade”, afirma o magistrado
Paulo Roberto explica que hoje está vivenciando a reparação da imagem dos magistrados envolvidos, e ainda afirmou que se, caso receber os valores da sentença, irá doá-los para instituições que cuidam de crianças com câncer.
Antes da sentença, em audiência de instrução Brescovici sugeriu que Possamai se retratasse, o que o empresário se negou. Antes disso, em outras ocasiões Possamai já tinha sido condenado por conduta similar contra o mesmo magistrado.
O Primeira Página entrou em contato com a defesa de Gilberto Eglair Possamai para comentar a condenação, mas até a divulgação desta matéria não houve resposta.
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