UFMT rejeita acordo do Governo Federal e greve continua por tempo indeterminado A universidade está há mais de 30 dias sem aulas e não há previsão de retorno. Governo Federal sustenta que reajustes salariais ocorrerão somente em 2025 e 2026

A UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) rejeitou a proposta do Governo Federal nesta sexta-feira (21) e continuará em greve por tempo indeterminado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (21) por meio de um comunicado da Adufmat (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), depois de uma reunião com os professores.

Ao todo, 24 das 57 universidades que paralisaram as aulas sinalizaram para o fim da greve, sendo que algumas instituições estão há mais de 60 dias sem atividade nos campus.

Conforme a associação, as principais indicações do Comando Nacional de Greve do Andes (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior) foram aceitas, por isso, os professores votaram pela rejeição à proposta do Governo Federal, dando continuidade ao movimento grevista.

✅ O fim das greves, segundo o Andes, depende das assembleias locais. O Primeira Página entrou em contato com a mesa diretora da UFMT, representada por Maelison Neves, para comentar sobre o assunto. Ele enviou nota em nome da Adufmat. Confira no final da matéria:

Confira as universidades que aceitaram a proposta e encerraram a greve:

O CNG (Comando Nacional de Greve) convocou, ao longo desta semana, as assembleias dos comandos locais de greve para responder à proposta de negociação do Governo, que garante o reajuste salarial somente para os próximos anos: sendo 9%, em 2025; e de 3,5%, em 2026.

• UNB (Universidade de Brasília)
• UFC (Universidade Federal do Ceará)
• UFCA (Universidade Federal do Cariri
• Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira)
• Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
• UFPR (Universidade Federal do Paraná)
• UFBA (Universidade Federal da Bahia)
• UFABC (Universidade Federal do ABC)
• UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
• UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
• UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
• UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul)
• UFVJM (Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri)

Algumas universidades e instituições farão pronunciamentos ao longo da próxima semana.

E os Institutos Federais?

Seis instituições de ensino de Mato Grosso divulgaram na terça-feira (18) o encerramento da greve.

De MT, 10 Institutos Federais permanecem em greve, bem como a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) campus Várzea Grande, Cuiabá, Araguaia e Sinop e a UFR (Universidade Federal de Rondonópolis)

Veja a nota da Adufmat:

1- O governo sequer nos enviou uma minuta de acordo. Tivemos para análise na AG um documento precário, na forma de e-mails e slides, sendo necessário, portanto, que o governo formalize suas propostas na forma de uma minuta de termo de acordo;

2- Em relação ao conteúdo, as propostas salariais e de carreira não são diferentes do analisado na última rodada de assembleias, que já foi recusado pela maioria das seções sindicais, incluindo a Adufmat;

3- Em relação aos demais temas: paridade dos aposentados, recomposição orçamentária e revogação, não se percebe avanços substanciais em relação às pautas do Magistério Superior. Reafirmamos a proposta original do ANDES-SN.