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Quarta - 03 de Julho de 2024 às 16:31
Por: Yuri Ramires e Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

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Após empurrar o deputado Lúdio Cabral (PT) durante uma discussão na sessão desta quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa, o presidente da casa, Eduardo Botelho (União), alegou que “existem pessoas que são lobas, mas que se transvestem de cordeiro”. A confusão entre os dois parlamentares aconteceu durante uma tentativa de votar o projeto de Lei apresentado por Lúdio, que tratava sobre a licitação para concessão do Ônibus de Rápido Trânsito (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande.

“Houve uma discussão. Ele fez o projeto, que é importante ser discutido, e colocou duas cláusulas, a primeira que é sobre ter a licitação. Eu já tinha pedido, e aprovo isso, lógico. Mas tem outra que diz que a passagem vai ser R$ 1. Eu falei, levem para as comissões e discutam para saber se é viável, de onde esse valor vai sair”, explicou o deputado à imprensa.

Por outro lado, Botelho afirmou que não vai aceitar demagogia e mentiras dentro da AL. “Não dá para aprovar um projeto com demagogia e mentiras para enganar o povo, só porque é período eleitoral. Depois vai falar que aprovou projeto de R$ 1 para o BRT, sendo que é algo que pode ser inviável. Não adianta vim com mentiras, não é por aí”.

Empurrão

Botelho afirma ainda que sua gestão sempre foi pautada pelo respeito, principalmente com a oposição. “Ele chegou fazendo acusações, falando que eu estava escondendo o projeto. Eu falei para ele ir se sentar, foi uma discussão ríspida para ele me respeitar”. O deputado ressaltou ainda que o que deixou ele irritado foi a forma como Lúdio chegou fazendo acusações.

“Existem pessoas que são como lobos e se travestem de cordeiro, falam manso, usam demagogia, mentira para enganar a população. Eu não, eu sou verdadeiro”. “Ele está fazendo uma acusação mentirosa [...]. Eu me exaltei na hora pedindo para ele respeitar o presidente. Nunca escondi projeto nenhum aqui”, disse ele sobre as falas de Lúdio Cabral.

Entenda a polêmica

Lúdio Cabral apresentou um projeto de Lei em regime de urgência, durante a sessão desta quarta-feira (3), para determinar a obrigatoriedade de licitação pública para a concessão do serviço para operação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. A proposta ainda solicita que o valor da passagem seja de R$ 1 pelos primeiros 5 anos.

A proposta é apresentada após a polêmica envolvendo o BRT. Isso porque o deputado federal Abílio Brunini (PL) apontou que a previsão do governo do Estado era de que os ônibus do BRT seriam repassados para as empresas que já operam o transporte público nas duas cidades.

A informação consta nos documentos do próprio Estado sobre a obra do BRT, que substitui o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), nunca concluído. Sobre a proposta de R$ 1 da tarifa, Lúdio afirma que o projeto aponta que o subsídio seria dos recursos arrecadados com a venda dos vagões do VLT para o Estado da Bahia, que está sendo assinado hoje no Tribunal de Contas da União (TCU).

“Nós fizemos um levantamento de quanto o estado gasta hoje para custear o péssimo transporte coletivo entre Cuiabá e Várzea Grande. O estado gasta R$ 12, R$ 13, R$ 14, R$ 15 milhões. E, para manter a tarifa de R$ 1, será necessário menos de 20% do que foi arrecadado com a venda do VLT”, justificou.

Porém, o projeto não foi para frente. Lúdio argumentou que Botelho atuou para enterrá-lo. “O requerimento foi apresentado com 11 assinaturas, depois ele sumiu. A sessão foi suspensa e quando retornou, a bancada do Botelho votou contra o requerimento. Por quê? O que deixou Botelho tão nervoso?”, questiona Lúdio Cabral em entrevista à imprensa.

Os deputados Gilberto Cattani (PL), Faissal Calil (Cidadania), Elizeu Nascimento (PL), Claudio Ferreira (PL), Diego Guimarães (Republicanos), Sebastião Rezende (União), Drº João (MDB), Fábio Tardin (PSB), Wilson Santos (PSD) e Beto 2 a 1 (União) assinaram. Depois retiraram a assinatura, ficando só a de Lúdio e Wilson Santos.





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