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Meio Ambiente
Terça - 15 de Outubro de 2024 às 10:41
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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WWF Brasil

Juntos, Mato Grosso, Pará e o Tocantins responderam por 56% da área queimada no Brasil, nos nove primeiros meses de 2024.

Somente em Mato Grosso, foram 5,5 milhões de hectares consumidos pelas chamas entre janeiro e setembro deste ano, o que corresponde a 25% do total de 22,38 milhões de hectares atingidos pelo fogo no país.

Os dados são do mais recente levantamento do Monitor do Fogo do MapBiomas, divulgado no último dia 11 de outubro.

Segundo o estudo, uma área comparável ao Estado de Roraima foi queimada em todo território nacional no mesmo período, sendo 13,4 milhões de hectares a mais que em 2023.

“O salto de um ano para o outro foi de 150%”, aponta o MapBiomas.

Depois de Mato Grosso, em segundo lugar aparece o Pará, com 4,6 milhões de hectares queimados e, em terceiro, o Tocantins, com 2,6 milhões de hectares.

Mais da metade (51%, ou 11,3 milhões de hectares) da área queimada nos nove primeiros meses deste ano fica na Amazônia.

“O período de seca na Amazônia, que normalmente ocorre de junho a outubro, tem sido particularmente severo neste ano, agravando ainda mais a crise dos incêndios na região, um reflexo da intensificação das mudanças climáticas, que acabam tendo papel crucial para a propagação de incêndios. Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais”, disse Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo.

Dentre os meses, até o momento, setembro mantém-se como o pico das queimadas deste ano, com 10,65 milhões de hectares queimados no espaço de tempo de 30 dias.

Deste total, 3,1 milhões de hectares foram apenas no território mato-grossense, o que corresponde a aumento de 401% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os 10 municípios mato-grossenses mais afetados pelo fogo no mês passado foram Cocalinho (181.647 ha); Peixoto de Azevedo (175.288 ha); Ribeirão Cascalheira (173.162 ha); Santa Terezinha (169.966 ha); Luciara (151.538 ha); Cáceres (133.718 ha); Novo Santo Antonio (125.035 ha); Paranatinga (100.342 ha); Marcelândia (80.231 ha) e São Feliz do Araguaia (78.147 ha).

Ainda conforme o MapBiomas, no geral, aproximadamente três em cada quatro hectares queimados (73%) eram de vegetação nativa, principalmente formações florestais, que ocupavam 21% da área queimada.

Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens plantadas se destacaram, com 4,6 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro deste ano.

Vale lembrar que, desde julho passado, o uso do fogo na zona rural está proibido em Mato Grosso.

Na Amazônia e Cerrado, a proibição prossegue até 30 de novembro, enquanto no Pantanal a proibição se estende até 31 de dezembro.

Devido estiagem severa, o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo.

Desde o início do ano, o Governo do Estado garante que tem atuado de forma integrada em ações preventivas contra os incêndios florestais.

São R$ 74,5 milhões para o combate de crimes ambientais, dos quais R$ 30,9 milhões são exclusivamente para combate aos incêndios.





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