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Concursos/Empregos
Quinta - 12 de Julho de 2012 às 16:42
Por: Welington Sabino

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Diante da não nomeação de 722 candidatos aprovados no concurso público lançado pelo Estado em 2009 com 10.086 vagas cujas provas foram aplicadas em janeiro de 2010, o Ministério Público Estadual (MPE) resolveu intervir e firmou um acordo extra-judicial com a Secretaria de Estado de Administração (SAD), no início deste mês. No Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi concedido prazo de 60 dias para a SAD encaminhar um levantamento dos contratos de terceirização firmados pela administração pública direta e indireta para prestação de serviços de informática e outros.

Em um prazo de 180 dias, o Estado terá que adequar contratos administrativos, dispensando o pessoal que estiver exercendo funções diferentes das que foram previstas contratualmente e abster-se de firmar contratos de terceirização ou temporários para suprir demanda de pessoal permanente. O objetivo do Ministério Público é assegurar aos candidatos aprovados o direito de serem nomeados e evitar que os cargos permanentes sejam preenchidos por trabalhadores de empresas terceirizadas.

Em Junho, o Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran) denunciou que 75 concursados ainda não foram nomeados porque a SAD alegava não ter recursos para efetivar as contratações. A sindicalista Veneranda Acosta, presidente do Sinetran informou que o sindicato resolveu então firmar convênio com um escritório de advocacia para que os concursados possam buscar seus direitos de nomeação na Justiça. Também no mês passado, o governo do Estado publicou no Diário Oficial a prorrogação de 16 cargos oferecidos no concurso público lançado em 2009. Também anunciou que o concurso de Gestor Governamental continua suspenso judicialmente.

Promotor de Justiça Roberto Turin, relata que o Ministério Público constatou a existência de contratos firmados pelo Estado com empresas terceirizadas para o exercício de atividades cujas funções eram de necessidade permanente e estavam fora do objeto dos referidos contratos. “Existem pessoas aprovadas e classificadas no concurso público realizado em 2009/2010 aguardando nomeação, as quais poderiam exercer as mesmas funções desempenhadas pelos terceirizados, fato que evidencia a preterição dos candidatos concursados”, afirmou.

Pelo acordo que se não for cumprido implicará no reconhecimento de dolo e má-fé e responsabilização por improbidade administrativa, o secretário de Estado de Administração César Roberto Zílio, se comprometeu, ainda, a prorrogar o prazo de validade do concurso público e promover a nomeação dos candidatos aprovados, remanescentes do certame. O descumprimento do TAC também implicará em multa diária ao gestor público, no caso o secretário Zílio.

Assessoria do Ministério Público informa que o acordo determina que no primeiro ano, contado a partir da data de prorrogação do concurso, o Estado deverá nomear pelo menos 40% do número total dos candidatos aprovados que aguardam nomeação. “Ao todo, nesse caso, serão 288 candidatos, sendo que 50% aprovados para o cargo de Técnico da Área Instrumental e 50% dos demais cargos”, disse o promotor. No segundo ano, a administração estadual terá que comprovar a convocação dos demais candidatos, correspondente a 60% do número total de candidatos, ou seja, 434 candidatos.

No dia 28 de junho a SAD informou que dentro de 30 dias, o Poder Executivo estadual passará a contar com mais 1.052 novos servidores públicos em diversas áreas sendo elas professores, delegados, analistas do meio ambiente, agentes e técnicos da Área Instrumental, técnicos de Desenvolvimento Econômico e Social, e técnicos do Sistema Prisional.





Fonte: Do GD

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