Desmatamento em Mato Grosso recua, mas não atinge metas do Governo De acordo com o Inpe, Mato Grosso registrou uma redução de 38,3% no desmatamento da Amazônia, atingindo 1.264 km². No Cerrado, a queda foi de 30%, com 431,6 km² de vegetação nativa suprimida. Os dados são positivos, mas a perda é muito significativa

Dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo ICV (Instituto Centro de Vida) mostram que Mato Grosso diminuiu o desmatamento em 32%, no período registrado entre agosto de 2023 e julho de 2024. Esses números contemplam os biomas do Cerrado e da Amazônia que perderam ao todo 1.700 km² de área. Embora o desmatamento tenha regredido, o percentual está longe das metas ambientais feitas pelo estado.

Os estudos foram feitos com base no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas e Espaciais) que emitiu uma nota técnica afirmando que o desmatamento segue o mesmo padrão, sendo predominantemente ilegal e concentrada em grandes propriedades rurais cadastradas no CAR (Cadastro Ambiental Rural).

Além disso, o documento sinaliza que esses números do desmatamento é resultado de uma alta liberação por parte da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso) para o desmatamento legal, principalmente utilizando técnicas como o fogo.

De acordo com o Inpe, Mato Grosso registrou uma redução de 38,3% no desmatamento da Amazônia, atingindo 1.264 km². No Cerrado, a queda foi de 30%, com 431,6 km² de vegetação nativa suprimida. Os dados são positivos, mas a perda é muito significativa.

O que diz a Sema?

Conforme a Sema, o órgão identifica o desmatamento no estado por imagem de satélite de última geração e faz o cruzamento destas informações por meio do Cadastro Ambiental Rural. Hoje tem mais de 80% das propriedades rurais cadastradas e assim que é detectado desmatamento na propriedade ela é notificada e pode responder administrativamente e criminalmente pela infração.

Confira na íntegra o posicionamento:

O estado aplica mais de R$2 bilhões em multas por ano que tem processo de julgamento com prazos para recorrer, de defesa legal que pode durar até 5 anos e a conciliação ambiental tem objetivo de fazer com que este prazo de recebimento de multa seja mais rápido. O estado já realizou 5 mutirões ambientais em parceria com o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário e teve um total de 779 processos conciliados, com valores assumidos de Termo de Ajustamento de Conduta e de Termo de Negociação e Parcelamento de Passivo Ambiental de R$ 107 milhões.

O Estado de Mato Grosso tem uma política de tolerância zero contra desmatamento e desde 2020 o Governo Estadual investiu mais de R$350 milhões em investimento em combate ao desmatamento e incêndios florestais que deu celeridade no tempo de respostas e permitiu maior número de autuações, embargos e bens apreendidos por infrações ambientais. A redução de desmatamento é de 55% em relação ao último ano, segundo dados Prodes e o estado vai continuar investindo para reduzir ainda mais estes números.

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