A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul gasta, anualmente, R$ 170 milhões com o pagamento de seus 1,5 mil funcionários. Contudo, não possui um sistema de controle para atestar se os servidores exercem a jornada de trabalho prevista em lei. Um exemplo é a funcionária Lídia Rosa Schons, 54 anos, recepcionista no gabinete do deputado Paulo Azeredo (PDT), que recebe salário bruto de R$ 24,3 mil e diz ter autorização "para sair mais cedo". Ela foi flagrada, diversas vezes, passeando com seu cachorro no horário de expediente. As informações são do jornal Zero Hora.
De acordo com o jornal, a Assembleia afirmou que foram critérios "subjetivos" que levaram a servidora, que possui Ensino Fundamental completo, a receber a terceira maior função gratificada do parlamento gaúcho e um salário acima do teto de R$ 24,1 mil. Sobre a falta de controle sobre a efetividade da funcionária, assegura que a responsabilidade é do deputado. Para o presidente da Casa, deputado Alexandre Postal (PMDB), a Assembleia deve adotar o cartão-ponto para coibir esses problemas. Já o deputado Paulo Azeredo declarou não possuir controle sobre a servidora do seu gabinete. "Com essa questão de campanha, viaja pra cá e para lá, não tenho ficado no gabinete. Se ela tem saído, vai com cachorro na praça, eu não tenho conhecimento", disse.
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