Acusado de fraudar convenção, Lupi diz que só responde na Justiça
Nesta terça-feira, o Tribunal de Justiça do Rio negou o recurso do movimento, liderado pelo atual ministro do Trabalho, Brizola Neto (Carlos Daudt Brizola), e o vereador Leonel Brizola Neto - netos do ex-governador -, contra a convenção estadual do dia 27 de abril. Em resposta, o grupo de Brizola Neto prepara duas ações contra Lupi, uma por falsificação de documento e outra por improbidade administrativa.
O advogado do movimento, José Agripino Oliveira, afirmou que Carlos Lupi teria adulterado a ata da convenção municipal de 30 de março, que elegeu Brizola Neto como presidente, colocando o seu nome no documento ao registrá-lo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 8 de junho. "Não foi feito o registro da executiva eleita. Houve fraude na ata", alegou. Ao assumir a presidência, acrescentou o advogado, Lupi convocou a convenção de 25 de junho para definir a aliança com o candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, o atual prefeito Eduardo Paes, e a nominata de vereadores.
Ainda de acordo com José Agripino, uma segunda ação pede a prestação de contas do PDT desde 2008, devido à suspeita de desvio de recursos partidários. "A situação do Lupi está sub judice, assim como a convenção, a nominata de vereadores e o acordo com Eduardo Paes", disse. O julgamento sobre a suspensão da convenção estadual está marcado para o dia 3 de novembro. Até o momento, Carlos Lupi ocupa a presidência nas três instâncias da legenda: municipal, estadual e federal.
Precedente na eleição
No caso da tese do "Movimento de Resistência Leonel Brizola" ser aceita pela Justiça, José Agripino Oliveira acredita na anulação da convenção. Além disso, a decisão poderia afetar, inclusive, as candidaturas registradas para o pleito de 7 de outubro. Ao comentar sobre a hipótese de vitória, o advogado demonstrou otimismo. "A não ser que os juízes rasguem o estatuto do partido. Se for cumprido o estatuto, certamente nossa tese sairá vencedora".
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