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Politica Brasil
Terça - 03 de Julho de 2012 às 19:24
Por: Natalia Julio

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Divulgação
Mulher Pêra quer uma lei Maria da Penha mais
Mulher Pêra quer uma lei Maria da Penha mais "rigorosa"

Com 25 anos de idade, Mulher Pêra tenta mais uma vez conquistar um lugar ao sol na política nacional. Ela, que já foi candidatada a deputada federal em 2010, agora disputa a vaga de vereadora em São Paulo pelo PTdoB.

Natural de Guaratinguetá, interior de São Paulo, Suéllem Rocha - o nome de batismo de Pêra - não vai abandonar o corpete verde, marca registrada da mulher-fruta em questão, na hora de conseguir votos no "corpo-a-corpo". A modelo também contou que está pesquisando sobre política e São Paulo na internet. "Agora eu sou mais ligada. Não fiz faculdade, mas estou pesquisando sobre política, sobre São Paulo, prestando atenção nos comícios", afirmou, em entrevista ao Terra.

Caso seja eleita, quer focar nos direitos da mulher e da criança. "Tem que ter mais creches, mais escolas, internet nas escolas para que as crianças não fiquem na rua", disse. Pêra também quer uma lei Maria da Penha - aquela que pune a agressão contra a mulher em meio domiciliar - mais rigorosa. E não duvida que, além dos fãs no público masculino, meio em que já faz sucesso, consiga alguns votos com o chamado sexo frágil. "Elas me vêem de saia curta e decote, mas quando explico os projetos elas acabam votando", disse.

Veja abaixo a entrevista na íntegra.

Como será a campanha? No que pretende focar?
Mais ou menos como a outra, só que agora como vereadora. Vou focar nas crianças, tem que ter mais creches, mais escolas, internet nas escolas para que as crianças não fiquem na rua. E também tem os projetos lá de 2010, como o de que a Lei Maria da Penha tem que ser rigorosa. Não vou deixar de falar dessa lei. O homem bate na mulher e ela denuncia, e aí apenas pagam cestas básicas e fica por isso mesmo. Acho que quando a mulher denuncia tem que ser preso, porque ele volta e pode acabar matando.

Ser conhecida como a Mulher Pêra é uma vantagem?
Acho que ajuda ser a Mulher Pêra, é como eu sou conhecida. Enquanto eu sair na rua, no corpo a corpo, tem que ser assim. Em 2010 (quando foi candidata a deputada) foi muito legal, eu vi o quanto o público gosta de mim. Inclusive a mulherada, muitas falam que votariam em mim pela lei Maria da Penha. Na TV a gente não tem muito tempo para falar, são só alguns segundos. Na rua dá para conversar melhor. Acho que eu teria muitos votos de mulheres. Elas me vêem de saia curta e decote, mas quando explico os projetos elas acabam votando.

Você é assediada quando sai às ruas?
Mexem comigo, é normal, até pelo trabalho. Várias vezes. Uma vez, um homem falou que ia votar em mim porque eu sou muito linda, mas eu falei, "olha meus projetos no site também". E fala para a família votar (risos). Acho que é uma vantagem ser bonita, uma coisa acaba puxando a outra.

Como surgiu o convite para a filiação ao partido?
Eu era do PTN, aí eu tive um probleminha com uma pessoa lá. Fiquei desgostosa e teve o convite do PTdoB. Uma pessoa lá (do PTN) com quem eu tive uma discussão. Ele era mais ou menos assessor lá.

Como foi essa discussão?
Ele falou que ia pagar uma multa, porque eu não votei um ano e tinha uma multa de três reais, e não pagaram. Ele era muito relaxado, desqualificado. Agora eu estou feliz, mas nada contra o pessoal do PTN, eles me ajudaram bastante.

Qual o motivo de você não ter votado?
Eu viajei e não justifiquei, eu estava fazendo shows. Não me lembro quando foi. Aí fica lá uma multinha.

Você sempre foi envolvida com política?
Antigamente não era muito ligada, mas recebi o convite e comecei a pesquisar mais na internet sobre política. Agora eu sou mais ligada. Não fiz faculdade, mas estou pesquisando sobre política, sobre São Paulo, prestando atenção nos comícios.

E a carreira artística, como fica?
Vou continuar, inclusive vou pedir votos como Mulher Pêra, que é como eu sou conhecida. Caso eu ganhe, aí a gente dá uma paradinha.

Nas eleições de 2010, você pareceu ter boa relação com Eduardo Suplicy. Agora será assim também?
Não falei mais com ele não, desde as eleições. Mas vou procurá-lo. Ele é gente boa para caramba. Meu deu um livro. Eu li um pedacinho, mas parei. 





Fonte: Terra

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