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Politica Brasil
Domingo - 01 de Julho de 2012 às 20:30
Por: Hermano Freitas

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Paduardo/Futura Press
Os vereadores Claudinho Souza e José Police Neto durante a coletiva de imprensa ocorrida neste domingo
Os vereadores Claudinho Souza e José Police Neto durante a coletiva de imprensa ocorrida neste domingo

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto (PSD), contestou neste domingo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que denuncia irregularidades na aprovação de projetos e garantiu que "não houve fraude em votações" na Casa. Segundo Police Neto, haverá uma apuração para que seja verificado se o registro de presenças foi objeto de um esquema operado por funcionários. "A manchete do jornal não apresenta de fato o que acontece na casa", disse o vereador, referindo-se às votações.

A reportagem noticiou que, nas últimas três semanas, pelo menos 17 dos 55 parlamentares da Câmara estariam praticando a irregularidade, ao longo das 20 sessões realizadas no período. O registro falso permitiria a aprovação de projetos com votação simbólica sem o quórum mínimo legal.

Funcionários da mesa da Presidência utilizariam um terminal de uso exclusivo dos parlamentares para marcar os nomes dos envolvidos e evitar descontos na folha de pagamento. Cada falta custa R$ 465 aos parlamentares. Até quem está na Casa comete a fraude, segundo o jornal, usando um dispositivo instalado ao lado do elevador exclusivo dos parlamentares, que permite a marcação secreta.

Police Neto afirmou que será investigado, mas que a apuração inicial demonstrou que o painel não foi burlado. Já sobre o registro de presenças, o vereador afirmou que pode ser necessário o aprimoramento nos processos que garantem a transparência das atividades da Casa. "O funcionário não precisa da senha do parlamentar para registrar a presença dele. Vamos ampliar a transparência e verificar, inclusive, a necessidade de afastar servidores, se preciso", disse.

Pertencente à base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) na Câmara, o vereador defendeu nominalmente colegas da bancada oposicionista que teriam feito o registro irregular e afirmou ainda que é "injusto" colocar dúvidas sobre a transparência do processo legislativo paulistano. "Sendo a primeira Casa a colocar todas as seções ao vivo na internet, a primeira a divulgar o salário dos servidores, não me parece justo. A Casa vai estar escancarada (ao controle da imprensa), mas vai fazer a apuração responsável", declarou.





Fonte: Terra

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