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Politica Brasil
Sábado - 30 de Junho de 2012 às 16:29
Por: Mauricio Tonetto

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A convenção do Psol, que lançou neste sábado Roberto Robaina como candidato à prefeitura de Porto Alegre (RS), foi marcada por críticas ao atual prefeito, José Fortunati (PDT), e ao PT e PCdoB. A ex-deputada federal Luciana Genro, candidata a vereadora, afirmou que o "PT está superado" e que o Psol é o futuro da esquerda brasileira. Ela ressaltou o propósito de crescimento do partido no Sul e nas capitais brasileiras, especialmente Rio de Janeiro e Belém (PA).

"O PT se degenerou, mudou de lado, passou a se comportar da mesma maneira que os partidos tradicionais. O PT já está superado. Ele e seus aliados não representam mais o futuro, quem representa o futuro é o Psol, pois temos capacidade de prosseguir o processo político. Nós não queremos ser oposição, queremos ser governo e vamos disputar os governos municipais", disse Luciana.

"O Psol não faz alianças espúrias para chegar ao poder a qualquer custo ou para ganhar mais tempo de televisão. Queremos ganhar a eleição na consciência do povo e na ideia de que é preciso transformar a política. Nós, que viemos do PT, aprendemos com os erros e sabemos o que deve ser evitado para não haver uma degeneração política", acrescentou ela.

Roberto Robaina criticou a "política de balcão de negócios" de Fortunati e prometeu um governo centrado em investimentos públicos: "O governo Fortunati é o serviço dos esquemas privados. Defendemos uma política diferente da de hoje, que é um balcão de negócios das grandes empresas. Queremos uma política que combata os privilégios dos políticos, dos partidos e dos esquemas empresariais. O eixo da nossa campanha será o investimento público e a destinação de recursos ao que interessa a população."

Filha do governador promete ir "até à ONU" para concorrer
Luciana Genro, filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), confirmou que vai tentar uma cadeira na Câmara de Vereadores, mesmo teoricamente impedida pela Justiça Eleitoral. Em 2010, a então deputada obteve 129 mil votos para a Câmara dos Deputados, mas não se reelegeu devido à regra da proporcionalidade, pois o Psol não atingiu o coeficiente eleitoral no Estado.

No mesmo ano, Tarso foi eleito governador, o que a tornou inelegível. A socialista disse que vai "até à ONU (Organização das Nações Unidas)" se for preciso para garantir seus direitos políticos. "Todos sabem que eu não preciso de vínculos paternos para meu desempenho e que a minha caminhada política foi construída absolutamente na coerência. Quem vai ter de se justificar e ficar envergonhado serão aqueles que dizem que eu não posso concorrer. Mas eu posso e vou. E vou, se necessário, até à ONU em defesa dos meus direitos políticos e de representar o povo de Porto Alegre na Câmara de Vereadores", disse ela.

Em dezembro de 2010, Luciana Genro chegou a promover um ato suprapartidário para voltar a se candidatar. Porém, conforme o artigo 14 da Constituição Federal, são inelegíveis "o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção do presidente da República, de governadores e de prefeitos." A única exceção é para os candidatos à reeleição, que já tem mandato.

"Estou muito entusiasmada em ser candidata a vereadora e muito otimista. Tenho absoluta convicção de que a Justiça Eleitoral não vai cassar os meus direitos políticos e não vai permitir que alguém com 16 anos de mandato tenha seja cassada simplesmente por uma relação sanguínea com o governador do Estado", afirmou a socialista.





Fonte: Terra

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