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Politica Brasil
Sábado - 30 de Junho de 2012 às 12:37
Por: Iara Lemos

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A Polícia Federal realizou na manhã desta sábado (1) a prisão de três pessoas apontadas como integrantes da quadrilha do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. As prisões foram realizadas na manhã deste sábado (1) em Anápolis e Goiânia.

Foram presos: Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia, tido como um dos principais auxiliares de Cachoeira; Lenine de Araújo Souza, apontado como o contador do esquema do contraventor; e Olímpio de Queiroga Neto, tido pela Polícia Federal como o responsável por comandar a abertura e fechamento de pontos de jogos ilegais em Goiás.

Gleyb Ferreira da Cruz, que já estava preso devido a Operação Saint-Michel, teve novamente a prisão decretada. As prisões foram determinadas pelo desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com base na Operação Monte Carlo, que resultou em fevereiro na prisão de Carlinhos Cachoeira.

O desembargador revogou o habeas corpus concedido pelo desembargador Tourinho Neto no último dia 16 de julho, que garantiu a liberdade de Queiroga Neto, Lenine de Araújo e de Wladmir Garcez.Os três estavam em liberdade desde a segunda semana de junho.

Segundo a Polícia Federal, os três devem permanecer detidos na sede da PF durante o final de semana.

CPI
Os três acusados de integrar o esquema do contraventor já prestaram depoimento à CPI Mista do Cachoeira, que investiga as relações entre o bicheiro com políticos e empresários. Em seu depoimento, Wladimir negou que integre “qualquer organização criminosa”.

À CPI, Garcez afirmou que foi contratado pela empresa Delta Construções para assessorar o ex-diretor da empresa no Centro-Oeste Cláudio Abreu, e negou qualquer influência no governo de Goiás. EM conversa gravada pela Polícia Federal em 2011 durante a Operação Monte Carlo, Garcez dizia a Cachoeira que o governador Marconi Perillo (PSDB) autorizou contratações de pessoas selecionadas por Cachoeira para o governo de Goiás. Em outro áudio, Garcez diz ao bicheiro que teve uma conversa de irmão com Perillo, no gabinete do governador.

Lenine de Araújo afirmou à CPI que se sente “injustiçado” pelas acusações. “Não sou sócio de nenhuma empresa ligada a esses todos que estão aparecendo na mídia. Não me considero braço-direito do senhor Carlos, que foi indiciado, e me sinto injustiçado”, disse.

Queiroga Neto, protegido por habeas corpus, não respondeu a perguntas na CPI.






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