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Economia
Terça - 26 de Junho de 2012 às 22:29
Por: Claudia Bomtempo

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Nos últimos meses, os juros cobrados pelos bancos e pelas financeiras diminuíram um pouco, mas isso não impediu que o percentual de contas em atraso, no Brasil, batesse um recorde.

Cartão de crédito, cheque especial, financiamentos. O brasileiro está habituado a pagar prestações. Mas em 12 anos, nunca a inadimplência foi tão alta. Chegou a 6% em maio entre empresas e pessoas físicas de acordo com o Banco Central, que registra atrasos a partir de 90 dias. A inadimplência só das pessoas físicas é ainda maior: 8%

Lerim não conseguiu pagar as compras. Está devendo várias parcelas.

“Eu planejei, mas sai do emprego e meu nome tá sujo”, diz ele.

O calote no financiamento de carros vem subindo a 17 meses seguidos. É também o maior dos últimos 12 anos.

Vários carros já foram de pessoas que não conseguiram pagar as prestações e os bancos apreenderam. Galpões estão espalhados por todo o país. Os carros vão ser leiloados e o dinheiro vai cobrir o empréstimo que deixou de ser pago.

Mas o Banco Central acredita que a inadimplência vai cair.

“A nossa perspectiva é haja acomodação desse processo e retração das taxas de inadimplência até o final do ano”, aposta o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel.

Um dos motivos pode ser a queda na taxa de juros. Outro dado divulgado nesta terça-feira (26) pelo Banco Central mostra que a taxa média é a menor desde 2000 e está em 38,8% ao ano.

Os brasileiros estão trocando as dívidas com taxas mais caras por outras mais baratas. Como o empréstimo consignado, que cresceu 30% em maio.

“Eu consegui parcelar tudo direitinho. Eles mandam a fatura do jeito que a gente negociou. To pagando direitinho, tudo certinho”, fala uma mulher.






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