O presidente da República em exercício, Michel Temer, confirmou na noite desta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff quer o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na presidência do Senado. Segundo Temer, Dilma expressou "sua opinião", não foi uma imposição de um nome do Executivo ao Legislativo. Mais cedo, no Rio de Janeiro, Lobão deixou claro que uma possível saída da pasta só seria feita por ordem de Dilma.
"O ministro Lobão tem ótimo trânsito no Senado e é evidente também num sistema como o nosso em que há uma harmonia muito grande entre o Executivo e o Legislativo, é natural que um presidente, uma presidenta possa digamos, dar sua opinião. Acho que o que ela deu foi sua opinião", disse.
O presidente em exercício teceu elogios ao ministro e disse que ele "está disposto" a conversar a respeito. "Vocês sabem que o Lobão é um grande ministro e uma grande figura no Senado Federal. Acho que habilitado para qualquer função. Acho que vem exercendo muito adequadamente o Minsitério de Minas e Energia e, evidentemente, se for para o Senado, para a presidência, tenho certeza de que com as qualificações políticas e administrativas que ele tem, ele fará um belo papel. Mas evidentemente, isso vai depender muito do PMDB, das reuniões do PMDB, o que o PMDB vai acertar em torno disso. E o Lobão, ministro Lobão, está disposto a essa conversa", afirmou Temer.
Indagado se a vontade da presidente Dilma prevalece à vontade pessoal, Temer evitou a polêmica. "A vontade coletiva (prevalece). As pessoas conversam entre si e se entendem. É isso que vai acontecer", avaliou.
Lobão é ministro desde 2008, indicado ao cargo pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele tem mandato de senador pelo PMDB, que se encerra em 2014. Com o fim do mandato do também peemedebista José Sarney, em fevereiro do ano que vem, caberá ao partido, como maior bancada da Casa, escolher o sucessor de Sarney. O PMDB tem uma bancada no Senado de 20 parlamentares.
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