"A presidente Dilma tem sempre à sua disposição as alternativas que ela quiser, e sou um soldado de prontidão... não houve conversa com a presidenta para eu sair. Continuo trabalhando normalmente", afirmou o senador a jornalistas em evento paralelo a Rio+20.
Braga foi alçado à liderança há cerca de três meses numa decisão pessoal de Dilma e especula-se que sua relação com o governo foi abalada depois da votação da medida provisória 568, cujo texto original reduzia em até 50% o salário de médicos federais e precisou ser corrigida antes de ser votada. "A MP, dito pelo próprio governo, cometeu um erro e tivemos a tarefa dificílima de corrigir um erro", afirmou o senador.
Braga reconheceu o deslize no episódio, mas classifica a votação da MP como uma vitória do governo. O problema teria gerado um desgaste com o Ministério do Planejamento, comandado pela ministra Miriam Belchior. "Minha relação com ministra Miriam Belchior é excepcional e tive uma tarefa hercúlea de organizar e descomplicar uma MP muito complicada e fizemos ser votada na quarta-feira", disse.
Ao mesmo tempo em que nega a saída e se diz vítima de uma rede de intrigas, Braga reconhece que pode ser candidato à prefeitura de Manaus em outubro deste ano. "Essa rede de intriga nasceu no meu Estado", disse. "Só serei candidato se for a única alternativa para consenso em relação ao nosso grupo político", declarou.
"Posso ser candidato à prefeitura. Por que não? Tenho carinho do povo de Manaus e potencial de voto", complementou, ao lembrar que o governador do Estado, Omar Aziz (PSD), já declarou que ele e Braga terão um candidato de consenso nas eleições deste ano.
Braga foi vereador, depois se elegeu deputado, prefeito de Manaus e mais tarde se tornou governador do Estado
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