Polícia Civil de Juara investiga tentativa de homicídio contra Robertson Ruas Barganha, que precisou ser transferido para Cuiabá
Engenheiro ferido a bala realizava perícia judicial

Ferido a bala na noite de quarta-feira em Juara, o engenheiro agrônomo Robertson Ruas Barganha, de 56 anos, foi transferido para Cuiabá no helicóptero da PM.

Ele foi atingido por cinco tiros de revólver enquanto jantava em sua casa naquela cidade do Nortão. Embora os tiros não tenham atingido órgãos vitais, seu estado se agravou, sendo necessário atendimento médico da Capital.

Testemunhas disseram dois ocupantes de uma motocicleta estacionaram na frente da casa dele. O que estava na garupa desceu e atirou seis vezes, acertando cinco. O engenheiro foi baleado no braço e no pescoço.

Em seguida, os criminosos fugiram em alta velocidade. O engenheiro foi levado para o hospital da cidade e sua transferência foi determinada no início da manhã de ontem.

Policiais que atenderam a ocorrência informaram que os tiros foram disparados através de uma porta de vidro. O pistoleiro não teve visão maior da vítima, mesmo atirando a curta distância – cerca de dois metros.

Moradores da cidade ficaram chocados com o crime, principalmente a forma com que o engenheiro foi tocaiado. Robertson é uma pessoa conhecida da cidade.

No entendimento dos policiais, o crime estaria ligado ao trabalho desenvolvido pelo engenheiro, que é perito judicial – ele faz medição de propriedades rurais da região a pedido da Justiça – áreas, normalmente, em litígio. Ele teria desagradado alguns proprietários de terra da região, onde atua há vários anos.

Os policiais sabem que se trata de um crime de mando, uma vez que os dois ocupantes da moto agiram como pistoleiros. O fato de o atirador ter agido atrás de um vidro está sendo levado em consideração pelos policiais civis.

Umas das suspeitas é que, caso agisse de cara limpa, o pistoleiro poderia ser reconhecido. Daí, a opção de ter atirado através do vidro. Policiais da Delegacia Municipal de Juara informaram que as testemunhas já foram ouvidas na tentativa de identificar os criminosos e na confecção do retrato-falado deles.